Mulher denuncia vereadora por injúria e invasão de domicílio
A parlamentar nega irregularidades e diz que tentou ajudar cinco crianças
Mulher de 36 anos denunciou a vereadora de Nova Alvorada do Sul, Iris Gabriela Santos da Silva (Republicanos), por injúria e invasão de domicílio. O Boletim de Ocorrência foi registrado em 13 de junho na Polícia Civil.
A denunciante relata que estava trabalhando na manhã de 11 de junho, um sábado, quando foi alertada pelo Conselho Tutelar de que a vereadora, que também é oficial de Justiça, entrou na residência, fez fotos e filmagem. A mulher cita que sua filha de 9 anos foi retirada da casa pela vereadora e levada para um bar, de onde saíram quando a criança pediu para ir embora.
Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, a denunciante foi informada pelo Conselho Tutelar que a vereadora comentou que a mulher era usuária de crack e que deveria perder a guarda dos filhos.
Neste sábado (dia 2), a vereadora afirmou ao Campo Grande News que sofreu retaliação do Conselho Tutelar por cobrar atendimento às crianças. Segundo ela, a situação também já foi explicada para a mãe, com entendimento entre as partes.
Iris Gabriela afirma que foi cumprir mandado na casa vizinha ao imóvel da denunciante. Nisso, foi reconhecida pela menina de 9 anos por frequentarem a mesma igreja. A vizinha que deveria receber o documento não estava e a criança, conforme a vereadora, se ofereceu para lhe acompanhar, pois sabia onde a mulher poderia estar.
A vereadora conta que perguntou quem estava tomando conta da menina e ela respondeu que era um irmão. Então, a criança teria pedido autorização dele e saiu com a parlamentar.
Iris Gabriela relata que foi a local vizinho ao bar, que estava fechado, mas não localizou a destinatária do mandado. “Levei ela de volta, quando foi entrar em casa, a porta caiu. Não entrei na casa, mas vi de longe uma bebê de um ano e seis meses sem calça, e estava frio”, diz. Na casa, estavam cinco crianças e um adolescente de 15 anos.
“Sou formada em Direito, não entrei dentro da casa, não filmei criança. Mas liguei para o Conselho Tutelar pelo flagrante de abandono. A conselheira disse que eles estavam assistindo a família, mas, para mim, o conselho não tinha feito atendimento correto. Liguei para uma assistente social para ver o que estava fazendo e descobri que não estava funcionando o sistema”, diz.
A vereadora também nega ter afirmado que mãe era dependente química. “Só perguntei para a conselheira se a mulher era usuária de drogas. Fui fazer o bem e estou sendo perseguida. Tenho todas as ligações gravadas e vida que segue”.