No RJ, governador defende que agronegócio e meio ambiente andem juntos
Forum Lide é considerado um dos mais importantes encontros empresariais e de negócios do Brasil
Em sua participação na 22ª edição do Fórum Empresarial Lide, realizado no Rio de Janeiro (RJ), o governador de Mato Grosso do Sul defendeu que os avanços do agronegócio precisam andar de mãos dadas com a preservação do meio ambiente. O evento é considerado um dos mais importantes encontros empresariais e de negócios do Brasil.
“Não tem como dissociar esse agro moderno e competitivo do meio ambiente. Não podemos e não precisamos atacar essa discussão. Pelo contrário, temos que adotá-la. Para a gente, o meio ambiente é indissociável do agro, tanto que nossa Secretaria do Desenvolvimento é a mesma do Meio Ambiente”, destacou o governador, se referindo à Semadesc.
No decorrer da fala, ele ainda contou que os processos sustentáveis são uma realidade e que todos eles estão ligados à cadeia produtiva. Entre os exemplos citados, está o plantio direto, que fixa carbono no solo, e a recente mudança do setor sucroalcooleiro, indo em direção para se tornar uma indústria de bioenergia.
Riedel falou também da incorporação das novas tecnologias ao campo, com automação e inteligência artificial. “A Inteligência Artificial, a automação dos processos, são coisas transformadoras dentro das fazendas. As máquinas inteligentes obedecem a todo um sistema complexo, pois elas têm acessibilidade. É isso o que dá competitividade, além de toda genética e conhecimento gerado aqui no Brasil ao longo do tempo”.
O governador conseguiu resumir esses avanços conjugados e declarou durante o evento que os três estados do Centro-Oeste – MS, Mato Grosso e Goiás – são responsáveis pela metade da safra brasileira, mas sem precisar derrubar nenhuma árvore para isso. “Passamos pela revolução verde, a tecnológica, e está chegando a nova revolução, que é o acesso à internet no campo de forma irrestrita”.
MS Verde - Três grandes vertentes do meio ambiente foram apresentadas por Riedel: a biodiversidade, a água e o balanço de carbono. No caso do primeiro item, o governador afirma que como o Brasil possui 64% de seu território preservado, número acima dos demais países, a biodiversidade assim também está preservada no país. Quanto ao balanço de carbono, o processo produtivos do agronegócio garantem que ele seja executado com eficiência e seja positivo.
Ele também lembrou do setor florestal, que atualmente tem 1,2 milhão de hectares plantados e conta com um parque industrial já instalado, havendo ainda a perspectiva de ampliação dessa atividade, demandando mais 2 milhões de hectares de florestas, já plantadas. "É uma taxa de crescimento que fixa carbono no solo", completa.
Reforma tributária - Antes do fim de sua fala, o governador também ressaltou a importância do Centro-Oeste observar e participar do debate da reforma tributária, já que pode haver limitação de receitas com a mudança do sistema - do atual modelo de crédito na origem para o crédito ao local de consumo. Ele a considera necessária para melhorar o ambiente de negócios, mas pondera.
"Essa visão de limitar nossas receitas a partir de um consumo que a gente não tem. Somos competitivos por natureza, mas precisamos equacionar isso. Temos que continuar investindo para ter estruturas competitivas e temos que observar que tipo de reforma vamos conduzir. Não quero daqui a 10 anos ver que ficamos estagnados", destaca.