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Política

Novo secretário de Saúde especializou-se em "socorrer" gestões de hospitais

"Vou dar publicidade à destinação dos recursos, de forma muito simples e fácil", diz sobre transparência nas ações

Aline dos Santos | 07/12/2017 10:35
Carlos Coimbra assume comando da secretaria de Saúde na próxima semana. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Carlos Coimbra assume comando da secretaria de Saúde na próxima semana. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Confirmado nesta manhã pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) como novo secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, o advogado por formação Carlos Alberto Coimbra, 43 anos, vêm se habituando a desafios numa área polêmica e delicada: gestão de saúde pública.

Em 2013, assumiu a direção do Hospital do Câncer Alfredo Abrão após o vendaval de denúncias, alvos da operação Sangue Frio, de que médicos desmontaram o atendimento público para criar um monopólio. 

Após quatro anos e meio, foi comandar a gerência administrativa do Hospital Universitário de Campo Grande. Na próxima semana, assume a SES (Secretaria Estadual de Saúde), que tem previsão de R$ 1,3 bilhão para 2018.

Em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, Coimbra afirma que recebeu do governador o pedido para que faça um bom trabalho e atenção especial para dois grandes projetos: ativação do Hospital do Trauma e do novo equipamento para radioterapia no Hospital do Câncer.

O tempo curto para o trabalho, a considerar que o mandato do governador termina em dezembro de 2018, não assusta. “Em um ano dá para fazer muita coisa. Vou conhecer a equipe da secretaria e apresentar o projeto de trabalho para o ano que vem. Vou dar publicidade à destinação dos recursos, de forma muito simples e fácil. De forma didática, para que a população possa acompanhar”, diz.

Da experiência na gestão de hospitais, constatou a importância de que os repasses de verba sejam mantidos em dia. “Além dos poucos recursos, o grande problema que a gente enfrenta é a pontualidade nos repasses. Apesar de ser pouco, se mantiver em dia, posso fazer a programação mais adequada. Para secretário, acho que vai ser positiva essa experiência de ter ficado do outro lado processo. Sei das dificuldades que os hospitais passam”, afirma o futuro titular da SES.

Resultados – Com pedido de posse imediata, Coimbra postergou a data de nomeação para finalizar seu desligamento do HU, onde atuou por dois meses. Nos resultados da rápida passagem, estão economia de R$ 100 mil por mês com a coleta de lixo hospitalar e a conclusão de um procedimento licitatório que vai permitir o uso de um aparelho encaixotado há cinco anos.

“A prefeitura faz coleta dos resíduos hospitalares de todos os hospitais de forma gratuita e o HU era o único que não tinha. A gente conversou com o prefeito [Marquinhos Trad], que ficou sensibilizado e vai incluir, a partir da semana que vem, a isenção da taxa de coleta, uma economia de quase R$ 100 mil por mês”, salienta Coimbra.

Já o aparelho de hemodinâmica, que tem alto custo e serve para exames cardiológico, depende de obra para ser instalado. A licitação para contratar a empresa deve ser finalizada amanhã. O HU tem um aparelho em funcionamento.

Na próxima segunda-feira (dia 11), Coimbra vai representar o Hospital Universitário num evento em São Paulo sobre a segurança do paciente. São 120 hospitais no Brasil que terão tutoria para melhorar índices no ano que vem.

Experiência – Advogado, Coimbra tem pós-graduação pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em gestão empresarial e marketing. Amanhã, conclui o último módulo da formação de Gestão Hospitalar no Albert Eistein.

“Após a operação Sangue Frio, assumi o Hospital do Câncer completamente desestruturado. Foi um grande desafio e aprendizado. E o resultado desse trabalho que me credenciou para assumir o Hospital Universitário”, diz.

Colocar o Hospital do Trauma para funcionar será um desafios
Colocar o Hospital do Trauma para funcionar será um desafios


Trauma – Com 99% pronto, do Hospital do Trauma, ao lado da Santa Casa de Campo Grande, deve ser ativado em 2018. Para reforma e conclusão, foram investidos R$ 8,4 milhões - R$ 3,2 milhões da prefeitura, R$ 2,5 milhões do Ministério da Saúde, R$ 1,6 milhão do governo do Estado e R$ 890 mil da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), que administra a Santa Casa.

Nos mais de sei mil metros quadros de área construída, funcionarão o setor de ortopedia e politraumatismo, 10 leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), dois leitos de isolamento, 18 leitos de observação e cinco salas cirúrgicas.

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