Para acalmar base, Olarte pede desculpas e promete negociar reajuste
Um pedido de desculpas acalmou, por ora, a base aliada do prefeito Gilmar Olarte (PP), na Câmara Municipal de Campo Grande. A crise, que tem contornos políticos e administrativos, tem ainda somada a necessidade de solucionar o impasse de reajuste de 8,46% aos professores, o qual o progressista promete continuar negociando com a categoria.
Reunião, ontem (17), com 13 vereadores tentou minimizar efeitos de vídeo, gravado no fim de semana, em que o chefe do Executivo disse a uma professora ter dado “contragolpe de judô” na Câmara ao recorrer a Justiça para que 80% dos profissionais retornassem as salas de aula, mesmo estes estando em greve há nove dias.
Na ocasião ele se retratou e se comprometeu a reassumir negociação com a ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), após eleição da nova diretoria que ocorre nesta terça-feira (18).
Chiquinho Telles (PSD) compara a relação entre os poderes como a de um casal “entre tapas e beijos”, onde uma fala infeliz ocorreu em momento de pressão.
Por sua vez, Airton Saraiva (DEM) disse que “tomo mundo erra, mas também não se pode falar demais”. Ele ainda comentou ser necessário colocar uma data definitiva na proposta aos professores com todas as cartas na mesa. Sobre uma possível crise, o democrata ressalta que a instabilidade ocorre por necessidade de ajuste de secretariado e explicações sobre o projeto político de Olarte, para 2016.
Alterações no secretariado já iniciaram com o retorno de Edil Albuquerque (PMDB), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para o Legislativo. Hoje, como líder do prefeito, o peemedebista explica que novas alterações ocorrerão nos próximos dias, mesmo que não saiba pontuá-las neste momento. “O prefeito precisa apresentar as ferramentas para que possamos trabalhar”, pontua.
Na mais recente das alterações, Valdemir Brito da Semad (Secretaria de Administração) foi transferido para a Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação) para tirar da inércia obras que deveriam estar em andamento, além de agilizar as que se encontram em execução.
Também estiveram presentes no encontro Mario Cesar (PMDB), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César (PT do B), Eduardo Romero (PT do B), Alceu Bueno (PSL), Paulo Siufi (PMDB), Delei Pinheiro (PSD), João Rocha (PSDB), Rose Modesto (PSDB), Herculano Borges (SD).
Em contrapartida, houveram as ausências de Carla Stephanini (PMDB), Elizeu Dionizio (SD), Waldecy Chocolate (PP), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Magali Picarelli (PMDB), Gilmar da Cruz (PRB), Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB) e Ademir Vieira, o Coringa (PSD), além dos parlamentares da oposição.