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Política

PDT vai analisar pedido de expulsão de Odilon após segundo turno

Integrantes do diretório nacional do PDT pediram a expulsão de Odilon por ter declarado apoio a Bolsonaro

Leonardo Rocha | 19/10/2018 11:07
Candidato Odilon de Oliveira (PDT), durante entrevista (Foto: Arquivo - Marina Pacheco)
Candidato Odilon de Oliveira (PDT), durante entrevista (Foto: Arquivo - Marina Pacheco)

A direção nacional do PDT vai analisar o pedido de expulsão do candidato Odilon de Oliveira (PDT), após o término do segundo turno. Esta solicitação foi feita por 12 integrantes do diretório nacional da legenda, no começo da semana, em função do juiz aposentado ter apoiado Jair Bolsonaro (PSL), para o cargo de presidente da República.

Estas lideranças nacionais enviaram o pedido diretamente para a Comissão de Ética do PDT, pedindo providências contra Odilon de Oliveira, além dos candidatos ao governo: Amazonino Mendes do Amazonas e Carlos Eduardo Alves, que disputa a eleição no Rio Grande do Norte. Os três declararam apoio ao Bolsonaro, enquanto que a direção nacional optou pela parceria “crítica” a Fernando Haddad (PT).

A assessoria do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, informou ao Campo Grande News, que o assunto será analisado após as eleições do segundo turno. Esta é mais uma ação crítica dentro do partido contra Odilon, já que na semana passada, Amanda Anderson, presidente nacional do PDT Diversidade, enviou uma denúncia à direção nacional, no mesmo sentido.

“Como o PDT não está no 2º turno, é preciso respeitar os 13.344.366 votos dados ao Ciro Gomes. Votos que apostaram no ressurgimento do trabalhismo no cenário político nacional e deram o novo rumo para a esquerda nacionalista. Precisamos, mais do que nunca, passar uma mensagem clara, na condição de partido nacionalista, trabalhista e popular, contra o fascismo”, diz a nota das lideranças.

Assinaram o documento: Wendel Pinheiro, Júlio Rocha, Rafael Galvão, Lauri Bernardes,
Joelma Santos, Jorge Eremites de Oliveira, Leonardo Moraes Júnior, Ricardo Pinheiro, Felipe Pinheiro, Douglas Rafael Duarte, Carla de Lima Maximila e Tiago Veras.

Defesa – O presidente estadual do PDT, o deputado Dagoberto Nogueira, criticou a ação destas lideranças, ao dizer que o partido “liberou” os candidatos ao governo para apoiar quem eles escolhessem no segundo turno. “São pessoas que não têm o que fazer e ainda ficam tentando prejudicar a campanha do outros. Não sei porque interesses tomam estas atitudes”.

Dagoberto ainda revelou que é o presidente do conselho de ética e que “não vai receber o pedido” e sequer reunir os integrantes do conselho para discutir este assunto. “Não vou mexer com isto porque não tem cabimento. Os candidatos ao governo foram liberados, três decidiram apoiar o Bolsonaro e um o Haddad, não tem problema algum”.

Odilon também seguiu o mesmo caminho, quando declarou que foi “liberado” pela direção nacional do PDT para escolher seu candidato no segundo turno, e que optou por Bolsonaro, assim como outros dois candidatos ao governo do PDT.

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