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Política

Perícia vai recuperar Whatsapps apagados de celulares apreendidos

Paulo Yafusso | 04/09/2015 15:01
Celulares apreendidos pelo Gaeco já estão no Instituto de Criminalística (Foto: Divulgação)
Celulares apreendidos pelo Gaeco já estão no Instituto de Criminalística (Foto: Divulgação)

Já estão no IC (Instituto de Criminalística) os 17 celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break, realizada no último dia 25 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Levando-se em consideração que legalmente os peritos tem 10 dias de prazo para concluir cada perícia, levantar as informações de todos esses aparelhos levaria pelo menos seis meses, sem contar a prorrogação, que também é previsto em lei.

O levantamento do material será feito por dois peritos especialistas na área. De acordo com informações do diretor do Instituto de Criminalística, Eduardo Carvalho, não será preciso encaminhar nenhum dos celulares para fora do Estado, já que o Instituto dispõe de laboratórios equipados para a realização desse tipo de perícia.

Carvalho explicou que dependendo do aparelho e o tipo de tecnologia utilizada, é possível inclusive recuperar dados deletados das mensagens de aplicativos como whatsapp e telegram. E também “quebrar” o bloqueio do celular em que não se tem a senha de acesso. De todos os aparelhos apreendidos pelo Gaeco, o único que não foi entregue a senha foi a do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP).

Segundo o diretor do IC, os peritos vão levantar todos os dados solicitados pelo Gaeco, mas não disse quais são. Mas as informações são de que os promotores pretendem levantar as informações que foram apagadas pelos alvos da Operação Coffee Break.

O foco dos peritos deve ser tentar recuperar as mensagens deletadas, já que a equipe que trabalha nas investigações sobre o esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) já fez um levantamento prévio do que existe nos celulares apreendidos. O próprio coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, na entrevista coletiva sobre a Coffee Break no último dia 25, disse que mesmo passado mais de um ano, foram encontradas informações importantes em alguns celulares.

Além de Gilmar Olarte, tiveram os celulares apreendidos o presidente afastado da Câmara Municipal, Mário César (PMDB), os vereadores Airton Saraiva (DEM), Edil Albuquerque (PMDB), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Otávio Trad, Eduardo Romero e Flávio César (todos do Pt do B), além do ex-vereador Alceu Bueno (sem partido) e ex-secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, e dos empresários Fábio Portela Machinsky, João Amorim, da Proteco, e João Baird, da Itel Informática.

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