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Política

PMDB estuda se afastar, mas continua líder de Olarte na Câmara

PMDB quer se afastar, mas ainda representa Olarte na Câmara

Kleber Clajus | 24/02/2015 13:47
Mesmo que alegue não ter cargos, decisões individuais vinculam partido a administração de Olarte (Foto: Alcides Neto)
Mesmo que alegue não ter cargos, decisões individuais vinculam partido a administração de Olarte (Foto: Alcides Neto)

Mesmo que o PMDB busque se desvincular da administração do prefeito Gilmar Olarte (PP), a sigla ainda possui vereador como líder do progressista na Câmara Municipal de Campo Grande. Dessa forma, o inevitável afastamento em torno de projeto político para 2016 esbarra em decisões individuais que mantém apoio dos parlamentares por “convicção”.

Edil Albuquerque até estuda deixar a liderança de Olarte, porém condiciona o processo a aprovação de 15 projetos de incentivos fiscais a empresas por ele deixados quando titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio).

Líder municipal do partido, Carla Stephanini, pontua que decisões individuais como a de Edil trazem consequências negativas em um momento onde a “administração não vem dando respostas a altura de Campo Grande e diante de seus equívocos”. O ideal, nesses casos, seria que as definições passassem pela chancela do diretório antes de se concretizar.

Com sete vereadores, o PMDB figura como principal aliado de Olarte no Legislativo. A explicação do presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar, está em um “apoio por convicção” de que a administração pode dar certo, porém diante de uma população insatisfeita com a falta de resolutividade o limite para iniciar mudança de posicionamento está cada vez mais perto.

Vanderlei Cabeludo, que lidera a bancada na Casa de Leis, complementa que a situação “está no limite, mas ainda é necessário tempo para avaliar e se tomar decisão com razão”.

Em tempos de construção política para as eleições do próximo ano, o PMDB possui de lideranças estaduais, como o deputado federal Carlos Marun e o estadual Eduardo Rocha, indicativo que afastar-se será o melhor caminho na construção de candidatura própria.

Porém, mesmo que o discurso se encaminhe para o afastamento e tenha por base o fato de “não ter cargos” na administração de Olarte não se pode desconsiderar a influência de Edil, direta ou indiretamente, no funcionamento da Sedesc, de Paulo Siufi que teve a prima Lilliam Maria Maksoud indicada para comandar o IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), bem como Mario que admite ter reforçado atributos técnicos para nomeação de Ricardo Vieira Dias, titular da Semre (Secretaria Municipal de Receita).

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