Prejuízos com a chuva centralizam discussões na Assembleia
Deputados discursaram sobre perdas na safra e estragos nos municípios
A sessão desta quinta-feira na Assembleia Legislativa não teve votações, mas os estragos causados pela chuva em Mato Grosso do Sul centralizaram os debates. Os parlamentares também apresentaram indicações hoje.
Em uso da palavra, o deputado Paulo Corrêa (PR), por exemplo, sugeriu que os produtores que tiveram prejuízos com as chuvas tivessem perdão das dívidas. As perdas em Mato Grosso do Sul podem chegar a R$ 1 bilhão.
"O Estado está perdendo e o produtor também", falou o primeiro secretário da Casa.
Sidrolândia, Maracaju, Bandeirantes e São Gabriel do Oeste estão entre as cidades mais afetadas.
Já o petista Paulo Duarte pediu que os desalojados não voltem para os lugares de onde foram obrigados a sair para que a cena não ocorra novamente "no ano que vem".
O deputado estadual Felipe Orro (PDT) propôs a criação de uma comissão na Assembleia Legislativa para estudar o problema das enchentes e propor medidas preventivas.
“Não é possível evitar a cheia, sobretudo quando chove com a intensidade que ocorreu este ano. Mas o Poder Público pode tomar medidas preventivas para proteger os moradores ribeirinhos, impedir o isolamento das cidades, como está acontecendo com Aquidauana”, opinou.
Para o deputado, os membros da comissão deverão se reunir com técnicos, prefeitos, vereadores, lideranças locais, visitar as cidades e fazer um relatório do problema, apontando as soluções viáveis que serão encaminhadas aos órgãos competentes.
Agilizar a liberação de recursos foi a tônica do discurso do deputado Eduardo Rocha. O líder da bancada do PMDB defendeu que o governo libere em caráter emergencial as verbas para auxiliar os municípios.
"Mato Grosso do Sul fica de lado, outra vez esperando na fila. Nossa bancada federal tem que pedir agilidade para a liberação de recursos", afirmou o deputado sobre recursos já empenhados e que não foram liberados.