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Política

Quatro campanhas à prefeitura de Campo Grande já gastaram mais que arrecadaram

Catan teve maior déficit proporcional à quantidade de valores declarados

Guilherme Correia | 06/11/2020 08:44
Candidatos a prefeito com despesas contratadas maiores do que receitas declaradas (Foto: Divulgação/TSE)
Candidatos a prefeito com despesas contratadas maiores do que receitas declaradas (Foto: Divulgação/TSE)

Dentre os 15 candidatos à prefeitura de Campo Grande, registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quatro deles têm gasto maior com despesas contratadas do que a receita declarada, segundo parcial declarada para a Justiça Eleitoral.

Mesmo que o prazo final se encerre no dia do primeiro turno da votação, 15 de novembro, o Campo Grande News comparou a parcial dos gastos de campanha dos prefeitáveis da Capital, com dados divulgados na semana passada.

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) é recordista nessa defasagem. Ele tem receita de R$ 33 mil declarados, todos advindos de recursos próprios, mas gastou mais que o dobro - R$ 70.381,03, o que indica diferença de R$ 37.381,03.

Candidato pelo Avante, Sérgio Harfouche declarou receita de R$ 73,3 mil, mas gastou R$ 131,301 mil, déficit de R$ 58 mil. Promotor licenciado, a candidatura de Harfouche ainda depende de decisão judicial.

Na busca pela reeleição, Marquinhos Trad (PSD) declarou receita de R$ 623.503,98, mas gastou R$ 259.695,93 a mais até agora.

Por fim, Esacheu Nascimento (PP) tem receita declarada de R$ 274.345,00 mas já gastou R$ 286.102,56 - diferença de R$ 11.757,56.

Abaixo, a relação completa de declarações, elencadas por gastos proporcionais às receitas declaradas:


Candidato
ReceitaDespesaDiferençaProporção
João Henrique Miranda Soares Catan (PL)R$ 33.000,00R$ 70.381,03-R$ 37.381,03213%
Sérgio Fernando Raimundo Harfouche (Avante)R$ 73.300,00R$ 131.301,00-R$ 58.001,00179%
Marcos Marcello Trad (PSD)R$ 623.503,98R$ 883.199,91-R$ 259.695,93142%
Esacheu Cipriano Nascimento (PP)R$ 274.345,00R$ 286.102,56-R$ 11.757,56104%
Sidneia Catarina Tobias (Podemos)R$ 30.000,00R$ 29.000,00R$ 1.000,0097%
Paulo Cesar de Matos Oliveira (PSC)R$ 295.980,00R$ 233.081,00R$ 62.899,0079%
Pedro Cesar Kemp Gonçalves (PT)R$ 642.000,00R$ 465.687,35R$ 176.312,6573%
Ednei Marcelo Miglioli (SD)R$ 1.115.616,66R$ 794.045,22R$ 321.571,4471%
Luis Augusto Lima Scarpanti (Novo)R$ 73.752,14R$ 52.210,16R$ 21.541,9871%
Márcio Fernandes (MDB)R$ 1.279.491,42R$ 797.628,00R$ 481.863,4262%
Dagoberto Nogueira Filho (PDT)R$ 1.689.977,60R$ 851.908,81R$ 838.068,7950%
Marcelo de Moura Bluma (PV)R$ 261.116,00R$ 70.990,71R$ 190.125,2927%
Loester Carlos Gomes de Souza (PSL)R$ 55.000,00R$ 10.140,00R$ 44.860,0018%
Vinicius de Siqueira (PSL)R$ 350.000,00R$ 60.250,00R$ 289.750,0017%
Thiago de Carvalho Assad (PCO)R$ 1.000,00R$ 0,00R$ 1.000,000%


A prestação de contas é um dever de todos os candidatos, com seus vices e suplentes, e dos diretórios partidários nacionais e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros, se constituídos. Essa é uma medida que garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral.

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