Quatro campanhas à prefeitura de Campo Grande já gastaram mais que arrecadaram
Catan teve maior déficit proporcional à quantidade de valores declarados
Dentre os 15 candidatos à prefeitura de Campo Grande, registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quatro deles têm gasto maior com despesas contratadas do que a receita declarada, segundo parcial declarada para a Justiça Eleitoral.
Mesmo que o prazo final se encerre no dia do primeiro turno da votação, 15 de novembro, o Campo Grande News comparou a parcial dos gastos de campanha dos prefeitáveis da Capital, com dados divulgados na semana passada.
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) é recordista nessa defasagem. Ele tem receita de R$ 33 mil declarados, todos advindos de recursos próprios, mas gastou mais que o dobro - R$ 70.381,03, o que indica diferença de R$ 37.381,03.
Candidato pelo Avante, Sérgio Harfouche declarou receita de R$ 73,3 mil, mas gastou R$ 131,301 mil, déficit de R$ 58 mil. Promotor licenciado, a candidatura de Harfouche ainda depende de decisão judicial.
Na busca pela reeleição, Marquinhos Trad (PSD) declarou receita de R$ 623.503,98, mas gastou R$ 259.695,93 a mais até agora.
Por fim, Esacheu Nascimento (PP) tem receita declarada de R$ 274.345,00 mas já gastou R$ 286.102,56 - diferença de R$ 11.757,56.
Abaixo, a relação completa de declarações, elencadas por gastos proporcionais às receitas declaradas:
Candidato | Receita | Despesa | Diferença | Proporção |
João Henrique Miranda Soares Catan (PL) | R$ 33.000,00 | R$ 70.381,03 | -R$ 37.381,03 | 213% |
Sérgio Fernando Raimundo Harfouche (Avante) | R$ 73.300,00 | R$ 131.301,00 | -R$ 58.001,00 | 179% |
Marcos Marcello Trad (PSD) | R$ 623.503,98 | R$ 883.199,91 | -R$ 259.695,93 | 142% |
Esacheu Cipriano Nascimento (PP) | R$ 274.345,00 | R$ 286.102,56 | -R$ 11.757,56 | 104% |
Sidneia Catarina Tobias (Podemos) | R$ 30.000,00 | R$ 29.000,00 | R$ 1.000,00 | 97% |
Paulo Cesar de Matos Oliveira (PSC) | R$ 295.980,00 | R$ 233.081,00 | R$ 62.899,00 | 79% |
Pedro Cesar Kemp Gonçalves (PT) | R$ 642.000,00 | R$ 465.687,35 | R$ 176.312,65 | 73% |
Ednei Marcelo Miglioli (SD) | R$ 1.115.616,66 | R$ 794.045,22 | R$ 321.571,44 | 71% |
Luis Augusto Lima Scarpanti (Novo) | R$ 73.752,14 | R$ 52.210,16 | R$ 21.541,98 | 71% |
Márcio Fernandes (MDB) | R$ 1.279.491,42 | R$ 797.628,00 | R$ 481.863,42 | 62% |
Dagoberto Nogueira Filho (PDT) | R$ 1.689.977,60 | R$ 851.908,81 | R$ 838.068,79 | 50% |
Marcelo de Moura Bluma (PV) | R$ 261.116,00 | R$ 70.990,71 | R$ 190.125,29 | 27% |
Loester Carlos Gomes de Souza (PSL) | R$ 55.000,00 | R$ 10.140,00 | R$ 44.860,00 | 18% |
Vinicius de Siqueira (PSL) | R$ 350.000,00 | R$ 60.250,00 | R$ 289.750,00 | 17% |
Thiago de Carvalho Assad (PCO) | R$ 1.000,00 | R$ 0,00 | R$ 1.000,00 | 0% |
A prestação de contas é um dever de todos os candidatos, com seus vices e suplentes, e dos diretórios partidários nacionais e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros, se constituídos. Essa é uma medida que garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral.