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Política

Rose denuncia disparos de fake news via Whatsapp à Polícia Federal

Segundo a candidata, os números que enviam as mensagens são de "robôs" com DDD registrados fora do Brasil

Por Jhefferson Gamarra | 04/09/2024 13:58
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Candidata do União Brasil em frente à sede da Polícia Federal em Campo Grande (Imagem: Reprodução)
Candidata do União Brasil em frente à sede da Polícia Federal em Campo Grande (Imagem: Reprodução)

A candidata à prefeitura de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), formalizou uma denúncia na Superintendência da Polícia Federal nesta quarta-feira (4) sobre ataques e disseminação de fake news que estão sendo veiculadas contra ela nas redes sociais, especialmente no Whatsapp. Segundo Rose, as mensagens e vídeos, que trazem acusações infundadas e manipulações de fatos, têm como objetivo comprometer sua imagem e prejudicar sua campanha eleitoral.

A ex-deputada federal relatou que as fake news incluem montagens e vídeos que a associam, de maneira mentirosa, a escândalos de corrupção, irregularidades em financiamento de campanha e votações polêmicas.

“São vários vídeos. Uns dizendo que eu tenho minha campanha financiada por outros partidos que não é o meu, que é uma mentira. Minha campanha é financiada pelo União Brasil. Vídeo dizendo que eu votei para diminuir salário de professor convocado. Eu nunca fui deputada estadual, ou seja, nunca votei e nem vice-governadora eu era mais. Vídeo dizendo que eu estou envolvida em casos de corrupção em cidades do interior que não tem nexo nenhum, nenhuma verdade, mais uma mentira. Então são diversos”, explicou a candidata.

Um dos pontos mais preocupantes levantados por Rose Modesto é a origem dos disparos das fake news. Segundo a candidata, os números que enviam as mensagens são de "robôs" com códigos de área registrados fora do Brasil, sugerindo um esquema organizado com financiamento significativo.

“Tem financiamento de grana, e não é pouco, porque são disparos e disparos feitos com robôs de fora, registrado com o número de telefone de outros países, então tem grana envolvida nisso. Certamente a expertise da Polícia Federal vai levar, de alguma forma vai chegar em quem é que está fazendo isso”, completou a candidata.

Printi de uma das mensagens disparadas pelo whatsapp contra a candidata (Foto: Reprodução)
Printi de uma das mensagens disparadas pelo whatsapp contra a candidata (Foto: Reprodução)

Combate a Fake News- A disseminação de fake news é um problema crescente nas campanhas eleitorais no Brasil, com impactos diretos sobre a credibilidade dos candidatos e a decisão dos eleitores. Nos últimos anos, a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal têm intensificado os esforços para combater essa prática, mas a sofisticação dos métodos utilizados pelos responsáveis continua a ser um desafio.

Tanto o Código Eleitoral quanto as resoluções do TSE, que regulamentam as condutas de partidos, coligações, federações partidárias e candidatos durante as eleições, incluem dispositivos que proíbem a propagação e o impulsionamento de conteúdos destinados a desinformar ou criar estados mentais ou emocionais prejudiciais ao eleitorado.

De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Artigo 323 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965) proíbe a divulgação, durante a propaganda eleitoral ou o período de campanha, de fatos sabidamente falsos sobre partidos políticos ou candidatos, que possam influenciar o eleitorado. Em outras palavras, a legislação eleitoral brasileira prevê sanções criminais para quem dissemina informações fraudulentas ou mentirosas, seja pela internet ou pelos meios tradicionais de comunicação.

Conforme estabelecido pelo Código, a pena para quem comete essa infração é de detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa. A punição é mais severa se o crime for cometido pela imprensa, rádio, televisão, internet, rede social ou se ocorrer em tempo real.

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