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Política

Secretário vai à Assembleia e diz que trabalhadores da JBS não correm risco

Paulo Nonato de Souza e Leonardo Rocha | 17/10/2017 10:10
O secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, nesta terça-feira na Assembléia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)
O secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, nesta terça-feira na Assembléia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)

“Apenas uma preocupação dos trabalhadores, porque na pratica isso não existe”, afirmou o secretario estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, em relação ao movimento dos funcionários das unidades frigoríficas da JBS em Mato Grosso do Sul, nesta manhã de terça-feira, 17, na Assembléia Legislativa, por entendimento entre o Governo do Estado e a direção do grupo sobre o bloqueio judicial de R$ 730 milhões nas contas da empresa, para evitar atrasos de salários e até demissões.

“Sobre demissões, isso faz parte do mercado de trabalho, mas entendo que esses trabalhadores são pessoas de mão de obra especializada, e se isso acontecer, eles vão ser absolvidos pelo setor frigorífico, porém acredito que nesse momento essa ação é só uma preocupação. Na pratica isso não existe. É mais precaução dos trabalhadores”, disse o secretario Márcio Monteiro.

Na sua avaliação, se acaso a JBS vier a sucumbir por conta do imbróglio em que se envolveu certamente esse espaço será ocupado por outras empresas ou grupos.

“Mato Grosso do Sul tem um dos melhores rebanhos para abate do Brasil e um mercado ativo nesse setor, boi não se tira da noite para o dia, existe uma cadeia produtiva, o ciclo é longo e não se muda o rumo de uma empresa de um dia para o outro. Portanto, alguém com certeza assumirá o lugar da JBS”, comentou.

O movimento ocupa todo o setor de galerias da Assembléia Legislativa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carnes e Derivados de Campo Grande, Wilson Gimenez Gregório, estima que são 2 mil trabalhadores na ação para sensibilizar os deputados.

Ele afirma que o número engloba não só funcionários das cinco unidades que a JBS mantém em Mato Grosso do Sul, mas de todo o Brasil. O receio dos trabalhadores é que a empresa não cumpra o pagamento do salário do mês que vem, por exemplo, além de eventuais demissões e outras ações em consequência do bloqueio de bens.

Histórico – No início deste mês a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais de Campo Grande bloqueou R$ 615 milhões da JBS referentes a incentivo fiscal concedido e compromissos que a empresa não teria cumprido em Tares (Termos de Acordo de Regime Especial) estabelecidos. A decisão saiu no dia dia 9, somando-se aos R$ 115 milhões que já haviam sido bloqueados.

A determinação judicial atendeu pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que investiga benefícios fiscais concedidos a empresas pelo governo estadual. Com os dois bloqueios, chegou-se ao montante de R$ 730 milhões.

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