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Política

Segurança nas eleições vai mobilizar mais de 6 mil pessoas em MS

Exército, polícias e guardas municipais vão atuar para garantir tranquilidade aos eleitores e coibir crimes no período; na Capital, serão 1.731 agentes envolvidos

Humberto Marques | 01/10/2018 17:20
Presidente da Comissão de Segurança nas eleições, Sérgio de Souza explica que juízes foram consultados sobre necessidade de reforço. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Presidente da Comissão de Segurança nas eleições, Sérgio de Souza explica que juízes foram consultados sobre necessidade de reforço. (Foto: Divulgação/Assessoria)

A segurança nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul contará com 6.197 agentes mobilizados, entre policiais, bombeiros, guardas municipais e militares. O efetivo nas ruas no próximo domingo (7) foi confirmado pelo presidente da Comissão de Segurança do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Sérgio Roberto da Silva, envolvendo tanto os homens normalmente mobilizados para atuar no setor como os reforços requisitados pela Justiça Eleitoral a fim de garantir o bom andamento do processo eletivo. Do total, 1.731 vão atuar em Campo Grande.

O TRE também confirmou o envio de tropas federais a quatro municípios do Estado, atendendo a solicitação dos juízes eleitorais tendo em vista a vulnerabilidade causada pela localização geográfica –devido a fronteira seca com o Paraguai– e a situação recente de tensão causada por confrontos entre produtores rurais e indígenas.

As forças de segurança envolvidas nas eleições deste ano incluem 1.340 integrantes das Forças Armadas, que vão atuar no interior do Estado tanto na vigília como em questões logísticas –em Corumbá e Porto Murtinho, a Marinha ajuda no transporte de urnas para as comunidades mais isoladas.

Fronteira – A Polícia Federal atendeu solicitação de ampliar a atuação, principalmente, na região de fronteira, ajudando no policiamento local. “Serão 245 homens para colaborar no processo”, explicou Sérgio. Da mesma forma, a Polícia Militar confirmou reforços no policiamento já realizado naturalmente, com um efetivo de 2,5 mil PMs nas ruas –1,1 mil deles em Campo Grande.

“Da mesma forma, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) tem um conhecimento prático sobre as estradas, vias de acesso e as ‘cabriteiras’, encaminhado para a região, além de suas unidades fixas, mais uma adicional para reforçar a fiscalização”, explicou, reforçando a preocupação com regiões de fronteira –fato já reforçado pelos juízes eleitorais de Amambai, Ponta Porã e Paranhos para pedir auxílio na segurança.

Efetivo confirmado para atuar no 7 de outubro, segundo o TRE-MS
Efetivo confirmado para atuar no 7 de outubro, segundo o TRE-MS

“O TRE realizou consultas junto a todos os juízes das zonas eleitorais, questionando-os se era necessário ter o reforço. Destes, só quatro disseram que sim. Em Amambai, Ponta Porã e Paranhos os relatos foram de que há situações recorrentes de violência e que, no caso de crimes eleitorais, há maior frequência, com os autores fugindo para o outro lado da fronteira para evitar a prisão”, disse Sérgio.

O quarto município a reivindicar ajuda na segurança foi Caarapó, por conta de recente confronto entre produtores e indígenas. “É uma situação específica na qual houve uma demanda policial intensa em áreas de conflito. Por esse motivo pediu-se ampliação da segurança para garantir a tranquilidade no direito ao voto”, disse.

Campo Grande – Na Capital, também vão atuar 50 dos 160 guardas municipais acionados pelo Estado, tendo como prioridade a fiscalização de próprios municipais. Na cidade, Sérgio destaca que a preocupação, além dos crimes eleitorais já conhecidos –que incluem a corrupção eleitoral, transporte de eleitores, boca de urna e o “voo da madrugada” (ato de despejar santinhos próximo dos locais de votação)– está a aplicação da biometria pela primeira vez, depois do processo de revisão do eleitorado realizado no primeiro semestre que cadastrou as digitais dos votantes.

“Campo Grande terá uma eleição 100% com identificação biométrica. Todos serão identificados pelas digitais pela primeira vez. Por isso, é normal que essa identificação deixe a votação um pouco mais lenta. A orientação é para acalmar os ânimos de quem possa estar tendo dificuldades ou na fila e se sentir ultrajado pela demora”.

Pela segunda eleição consecutiva, a Capital não contará com um “cadeião” –local escolhido para abrigar os presos pelo cometimento de ilícitos eleitorais. Quem for flagrado cometendo práticas vedadas será levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde será autuado e processado. Já no interior a designação dos cadeiões caberá aos juízes competentes.

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