ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 31º

Política

Senador foi solto após suposta delação com 'revelações importantes'

Assessores, no entanto, negam acordo para garantir liberdade do parlamentar

Ricardo Campos Jr. | 19/02/2016 17:18
Delcídio quer aproveitar reencontro com a família, diz assessoria (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Delcídio quer aproveitar reencontro com a família, diz assessoria (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Depois de ser solto pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o senador Delcídio do Amaral (PT) ficará com a família nos próximos três dias e deverá ocupar a tribuna do Senado para um discurso quando voltar aos trabalhos parlamentares, na próxima terça-feira (23).

Segundo informações do jornal O Globo, a decisão de soltar o petista foi condicionada a um acordo de delação premiada, em que ele teria feito revelações importantes sobre a corrupção nos meios político e empresarial – o que está sendo negado por assessores.

Conforme a imprensa nacional, as informações prestadas levariam a operação Lava Jato a outro patamar, ainda mais elevado.

O senador está emocionado e aliviado com a soltura, determinada pelo ministro do STF Teori Zavascki nesta sexta-feira (19), conforme sua assessoria de imprensa. No momento, ele quer ficar com a esposa e a filha, aproveitando o momento de reencontro.

Na semana que vem, além de discursar no plenário, ele deve depor na comissão de ética da casa. Ele só pode sair de casa para o trabalho legislativo e se for cassado ou suspenso, deverá ficar recolhido no flat em Brasília até comprovar uma nova ocupação lícita.

Além disso, o senador tem dois dias para entregar o passaporte, uma vez que está proibido de deixar o Brasil, e deverá se apresentar à Justiça a cada 15 dias ou sempre que for solicitado em razão dos trâmites do processo.

Prisão – O petista foi detido em novembro como desdobramento da operação Lava Jato. Desde então, o parlamentar, mantido inicialmente na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, foi transferido para o presídio militar, teve a prisão mantida pelo STF e Senado, e agora aguarda o retorno dos trabalhos do judiciário e legislativo para entrega de nova defesa.

No começo de fevereiro, a defesa do senador pediu ao STF a anulação do vídeo em que ele supostamente oferece ajuda na fuga de Cerveró e tenta impedir a delação premiada. As imagens foram gravadas por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, e usadas pelo MPF (Ministério Público Federal) para embasar o pedido de prisão do parlamentar.

Os advogados alegam que Bernardo agiu como “agente infiltrado” ao gravar o encontro com o petista. Dessa forma, as imagens carecem de autorização prévia da Justiça para serem usadas como prova. Além disso, a defesa alega também que o senador não pretendia perturbar as investigações e que a reunião onde o vídeo foi gravado foi marcada como uma armadilha para Delcídio.

Nos siga no Google Notícias