Estrutura Mosaico é testada na saúde de MS e servirá de modelo ao Brasil
A estratégia foi aplicada em oficina com 12 municípios e será expandida para todos os estados
De forma pioneira no país, Mato Grosso do Sul adotou a Estrutura Mosaico como parte da preparação para futuras emergências em saúde pública. Desenvolvida pela OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde), a metodologia propõe uma resposta coordenada e multidisciplinar a surtos de vírus respiratórios, como os que provocaram a pandemia de Covid-19.
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Mato Grosso do Sul implementou a Estrutura Mosaico, metodologia da OPAS/OMS, para aprimorar a resposta a emergências em saúde pública, especialmente surtos de vírus respiratórios. A capacitação ocorreu entre 1º e 4 de julho, em Campo Grande, com a participação de equipes de 12 municípios. O treinamento, promovido em parceria com o Ministério da Saúde e o CONASS, visa integrar estratégias de vigilância e resposta no SUS. A iniciativa, considerada modelo para o país, busca fortalecer a capacidade de resposta do Estado a epidemias, com a meta de replicar a metodologia em todos os estados e no Distrito Federal.
O nome "Mosaico" faz referência à integração de diferentes peças (áreas, níveis e equipes) que, juntas, formam uma resposta completa. Assim como em um mosaico visual, cada parte tem seu papel essencial, mas é a união de todas que garante a solidez do sistema.
Na prática parte de detectar precocemente possíveis surtos; monitorar continuamente os indicadores de saúde; ativar protocolos rápidos de resposta em casos de emergência; treinar equipes técnicas locais para agir de forma coordenada; e organizar e documentar ações estratégicas para futuras crises.
O diferencial da Estrutura Mosaico é que ela não trata emergências de forma isolada, mas como parte de um sistema contínuo de vigilância, prevenção e preparação. Isso envolve unidades sentinelas (postos estratégicos para monitorar síndromes gripais); vigilância hospitalar; Centros de Informações Estratégicas (CIEVS) e rede de laboratórios e atenção primária
A implementação da estratégia no Estado foi iniciada durante uma oficina realizada entre os dias 1º e 4 de julho, em Campo Grande. O evento foi promovido pela OPAS e OMS, em parceria com o Ministério da Saúde e o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
Durante a capacitação, equipes técnicas de 12 municípios estratégicos participaram de treinamentos voltados à vigilância, resposta e organização da rede de saúde. O objetivo é preparar o sistema para lidar com possíveis epidemias e pandemias, por meio da integração de diferentes estratégias de monitoramento.
“Esta oficina é de extrema importância, pois coordena as ações dos municípios mais sensíveis e vulneráveis a surtos, que podem identificar precocemente situações que demandem uma resposta de vigilância coordenada”, afirmou a secretária-adjunta de Saúde de Mato Grosso do Sul, Christine Maymone.
Participaram do treinamento profissionais das áreas de vigilância epidemiológica hospitalar, unidades sentinelas de síndrome gripal, preparação para emergências e cinco CIEVS (Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde). A proposta é garantir que todos os níveis do SUS, da atenção primária à hospitalar, estejam aptos a enfrentar picos de casos.
Segundo Christine, a metodologia permitirá estruturar e documentar ações estratégicas, fortalecendo a capacidade de resposta do Estado. “Estaremos preparados para qualquer processo semelhante ao que vivenciamos com a Covid-19”, reforçou.
Para Fernando Campos, representante do CONASS, a oficina é fruto de um trabalho iniciado em 2023 e deve servir de modelo para todo o país. “Esse treinamento visa aprimorar a resposta na ponta, garantindo atendimento eficiente à população”, destacou.
A Estrutura Mosaico será replicada nos 26 estados e no Distrito Federal, com apoio da OPAS, do Instituto Todos pela Saúde, do Ministério da Saúde e do CONASS. A meta é fortalecer a vigilância, a preparação e a resposta diante de vírus respiratórios em todo o país, tendo Mato Grosso do Sul como referência nacional.
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