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Lagoa Misteriosa e Estância Mimosa na lista dos lugares imperdíveis

Mato Grosso do Sul segue no topo entre os destinos preferidos de brasileiros e estrangeiros que curtem a natureza

Paulo Nonato de Souza | 17/09/2019 06:28
Mergulho com cilindro na Lagoa Misteriosa, em Jardim, um dos atrativos premiados (Foto: Grupo Rio da Prata/Divulgação)
Mergulho com cilindro na Lagoa Misteriosa, em Jardim, um dos atrativos premiados (Foto: Grupo Rio da Prata/Divulgação)

O turismo de natureza é o roteiro preferido da maioria dos visitantes brasileiros e estrangeiros que Mato Grosso do Sul recebe todos os anos, e dois dos destinos sul-mato-grossenses mais procurados foram premiados pela ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura): a Lagoa Misteriosa, em Jardim, e a Estância Mimosa, em Bonito.

Ambos foram aclamados pela entidade com o prêmio “Brasil Natural”. “Ficamos emocionados, felizes e honrados com esse reconhecimento. Sermos selecionados por pessoas que conhecem de perto o trabalho das empresas do segmento do ecoturismo e do turismo de aventura de todo o Brasil nos traz uma imensa responsabilidade, muito orgulho e a certeza de que estamos no rumo certo”, disse Simone Spengler Coelho, sócia-proprietária do Recanto Ecológico Rio da Prata, responsável pelos atrativos.

O próprio Recanto Ecológico Rio da Prata, uma fazenda a 36 km do centro de Jardim, que abriu suas porteiras em 1995 para o ecoturismo, também foi premiado no evento da ABETA. A premiação foi entregue durante o Congresso Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura de 2019.

Este ano, o evento criado em 2003 reuniu em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, mais de 400 profissionais de diversas partes do país para debater os rumos e o futuro do setor do turismo de aventura. “Nos sentimos privilegiados em fazer parte de um trabalho de excelência que vem transformando o Brasil em referência mundial no turismo de natureza”, ressaltou Simone.

A Lagoa Misteriosa está localizada a 36 km do centro de Jardim, cidade de 24 mil habitantes a 237 km de Campo Grande. O mistério da lagoa de 30 metros de largura e 60 de cumprimento está na sua profundidade desconhecida. De todas as tentativas de se chegar ao fundo, a marca mais profunda foi registrada em 1998 pelo mergulhador Gilberto Menezes de Oliveira, que atingiu a profundeza de 220 metros sem conseguir o objetivo.

Se você ainda não conhece e ficou com vontade de conhecer, o passeio na Lagoa Misteriosa inclui flutuação (R$ 166 por pessoa) e mergulho com cilindro (R$ 400 por pessoa com direito aos equipamentos necessários), mais o almoço servido na sede do Recanto Ecológico Rio da Prata ao preço de R$ 56 por pessoa.

O passeio de mergulho com cilindro engloba três categorias: o Batismo (profundidade máxima de 8 metros), indicado para os visitantes que não possuem curso de mergulho; Mergulho Autônomo Básico (18 metros) para quem possui certificação Open Water Scuba Diver; Mergulho Avançado (25 metros) para quem tem a certificação Advanced Open Water Scuba Diver, e Mergulho Técnico (60 metros) para mergulhadores com o curso Cave Diver e Normoxic Trimix Diver.

A Estância Mimosa, em Bonito, tem nove cachoeiras, e uma delas é a Cachoeira Sinhozinho (Foto: Marcio Cabral)
A Estância Mimosa, em Bonito, tem nove cachoeiras, e uma delas é a Cachoeira Sinhozinho (Foto: Marcio Cabral)

Estância Mimosa - Passeios em trilhas, banhos em cachoeiras de águas cristalinas e contemplação de animais silvestres em 272 hectares de belezas naturais às margens do Rio Mimoso. É o que você vai encontrar na Estância Mimosa Ecoturismo, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), distante 24 km em relação ao centro de Bonito, um dos destinos turísticos mais conhecidos e mais visitados na região da Serra da Bodoquena, a 297 km de Campo Grande.

É um passeio que encanta pelo contato intenso com a natureza. A paisagem é singular e a programação de caminhadas por 2,8 km de trilhas em meio à vegetação do cerrado, contemplação de aves, cavalgadas e mergulhos em piscinas naturais, por exemplo, com certeza vão fazer você esquecer a correria da vida urbana.

No passeio você tem a oportunidade de avistar aves como o udu-de-coroa-azul, considerada ave símbolo de Bonito, tiriba-fogo, pipira-vermelha, rapazinho-do-chaco, pica-pau-louro, jaó, aracuã, sanã-parda e joão-pinto, além de uma grande variedade de animais silvestres, desde macaco prego, anta, tamanduá, quati, capivara e veado. São mais de 250 espécies de aves catalogadas.

Os animais chamam a atenção, mas as cachoeiras também encantam os turistas. E são muitas, nove no total, cada uma mais interessante que a outra, como a Cachoeira Mutum, a Cachoeira do Desejo, Cachoeira da Água Doce, Cachoeira do Sinhozinho, Cachoeira do Saí-Andorinha e a Cachoeira do Sol, além de quatro mirantes para contemplação da morraria da Serra da Bodoquena.

O passeio ainda inclui almoço a base de comida regional preparada em fogão à lenha. “Mais que um passeio, a Estância Mimosa é um lugar multiplicador de boas práticas sócio ambientais que contribui para que Mato Grosso do Sul e o Brasil sejam cada vez mais um destino de turismo sustentável”, disse Simone Spengler Coelho.

Dicas sobre o passeio:

- O acesso para a propriedade é pela rodovia MS-178 que liga Bonito ao município de Bodoquena;

- Informações sobre valores dos pacotes e agendamentos de visitas somente nas agências de turismo de Bonito;

- O passeio de trilha e cachoeiras são realizados por grupos de no máximo 12 pessoas

- O pacote inclui seguro de acidentes pessoais vigente durante o passeio, guia credenciado pelo atrativo e colete salva-vidas;

- Não é permitido calçado aberto nas trilhas;

- Na sede da fazenda há restaurante, bar e loja de souvenirs que aceitam cartões de crédito.

Da esquerda para a direita, Simone Spengler Coelho, com o prêmio, ao lado de Eduardo Folley Coelho e Teriana Selbach, da Abeta (Foto: Divulgação)
Da esquerda para a direita, Simone Spengler Coelho, com o prêmio, ao lado de Eduardo Folley Coelho e Teriana Selbach, da Abeta (Foto: Divulgação)
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