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O que você precisa saber sobre os sintomas da gripe suína

Elverson Cardozo | 04/07/2012 14:15
Época do surgimento da doença, em 2009. (Foto: Adriano Hany/Arquivo)
Época do surgimento da doença, em 2009. (Foto: Adriano Hany/Arquivo)

A gripe suína voltou a assustar e fez com que a procura por álcool em gel nas farmácias de Campo Grande disparasse nos últimos dias. Da pandemia que atingiu o Brasil muita gente lembra, mas o que poucos recordam é dos sintomas, formas de tratamento e prevenção à doença.

Em 2009, época em que gripe suína se instalou no país, o Ministério da Saúde chegou a divulgar um formulário que continha as perguntas e respostas mais frequentes.

Sintomas - O médico infectologista Rivaldo Venâncio explica que os sintomas da H1N1 se assemelham à gripe comum: Febre repentina, tosse, coriza, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações.

A diferença, explicou, é que o vírus pode evoluir, por exemplo, para uma tosse pneumática bacteriana - o que também pode ocorrer na gripe considerada comum - e incorrer em complicações.

O período de incubação do vírus dura de um a quatro dias. A transmissão, em adultos, ocorre nas primeiras 24 horas antes do início dos sintomas e até três dias após o final da febre.

Nas crianças e em pacientes com baixa imunidade os sintomas duram, em média, 10 dias. Geralmente o aumento da temperatura é mais acentuado em crianças do que nos adultos.

Calafrios súbitos e dor de garganta também estão entre os sintomas, assim como diarréia, vômitos e rouquidão. A tosse, fadiga e o mal estar podem durar no período de uma a duas semanas ou até por seis semanas.

Sinais de agravamento – Indicam agravamento da doença a falta de ar, aceleração do ritmo respiratório e baixa concentração de oxigênio. Persistência ou aumento de febre por mais de três dias pode indicar pneumonia primária, pelo vírus da Influenza A, ou secundária, em decorrência de infecção bacteriana.

A piora de doença pulmonar e cardíaca, inflamação nos músculos, alterações dos sintomas gastrointestinais em crianças e desidratação completam a lista.

Tratamento – Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, o tratamento da gripe em pacientes sem fatores de risco compreende repouso domiciliar, hidratação oral e medicamentos. Em pacientes com fatores de risco é indicado o uso de osetamivir, o Tamiflu (nome comercial), que é distribuído na rede pública de saúde.

Uso de máscaras hospitalares virou mania entre os brasileiros. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)
Uso de máscaras hospitalares virou mania entre os brasileiros. (Foto: Marcelo Victor/Arquivo)

Não é necessário aguardar a confirmação de exames laboratoriais para prescrição do medicamento, que proporciona a redução da duração dos sintomas e implica, também, na redução de complicações decorrentes da doença.

O Tamiflu deve ser utilizado em todos os pacientes com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). A coleta de material para exame deve ser feita em todos os pacientes que apresentarem este sintoma.

O início do tratamento, segundo o órgão, deve ser o mais rápido possível e a coleta do material para exame não deve retardar o seu início. O antiviral, em pacientes com fator de risco, apresenta benefícios mesmo se iniciados 48 horas após os sintomas.

Durante o tratamento, o paciente deve ser afastado de suas atividades de rotina.

O que é? - O Ministério da Saúde classifica a gripe suína como uma “doença respiratória aguda” causada pelo vírus A (H1N1), que é transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio da tosse, espirro ou secreções respiratórias.

A gripe ficou conhecida popularmente como “suína” porque pesquisas iniciais apontaram que o vírus era o mesmo que afetava porcos em países da América do Norte, como o México – onde surgiu -, mas a OMS afirma que sua origem é desconhecida.

No Brasil, a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu alerta para o surgimento da doença em abril de 2009, época em que os primeiros casos começaram a surgir e a pandemia se instalou em território nacional.

Com base nos dados epistemológicos, em agosto de 2010 a organização declarou a pandemia como encerrada.

Prevenção – O infectologista Rivaldo Venâncio alerta para os cuidados na prevenção da doença. Hábitos comuns como a higienização das mãos e deixar os ambientes arejados são algumas das dicas citadas pelo médico.

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