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Mercado leiteiro e as perspectivas de crescimento

Por André Lobo Faro (*) | 29/11/2015 10:02

Uma das atividades que merecem destaque no agronegócio brasileiro é a produção de leite. O Brasil já é considerado um dos maiores do mundo e, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção da bebida deverá crescer 27,6% até 2025. O levantamento projeta um crescimento anual entre 2,4% e 3,3%, o que resultará em um salto de 37,2 bilhões de litros em 2015 para 47,5 bilhões em dez anos.

A análise aponta ainda que as exportações devem crescer 47,2%, passando de 508 milhões de litros, volume esperado em 2015, para 748 milhões de litros em 2025.

Outra notícia positiva é que, para estimular o crescimento do mercado leiteiro no país, o Ministério da Agricultura lançou recentemente o Programa Leite Saudável. Essa é iniciativa vai investir R$ 387 milhões em 466 cidades dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que representam 72,6% da produção nacional. A ação tem como objetivo beneficiar até 80 mil produtores, principalmente os de pequeno porte, para que eles tenham condições de ampliar a quantidade e melhorar a qualidade da bebida produzida.

Esses dados nos mostram que existe um grande potencial de desenvolvimento no segmento. E é isso que torna a atividade tão atrativa, tanto para os produtores rurais, como para as indústrias de equipamentos destinados ao agronegócio.

Atualmente, os fabricantes de equipamentos estão engajados em desenvolver soluções que tornarão o trabalho mais produtivo e seguro. O setor investe no aprimoramento de tecnologias e procura entender quais são as necessidades específicas de cada produtor rural. Essa é uma iniciativa que permite enxergar a melhor forma de utilizar as tecnologias dentro de uma propriedade rural.

Um exemplo são os tratores cortadores de grama, que já são conhecidos por realizar a manutenção de áreas verdes em hotéis, parques, canteiros e rodovias, e agora foram identificados como um aliado na manutenção de pastagens.

O equipamento consegue realizar o corte de forma uniforme, como se fosse utilizada uma tesoura. A técnica proporciona uma brotação mais rápida, o que garante um alimento de qualidade em um curto espaço de tempo. Outra vantagem da utilização dessa tecnologia é que ela conta com um compartimento capaz de armazenar o capim cortado. Dessa forma é possível misturá-lo a um composto proteinado para ser servido futuramente como ração.

Isso nos mostra que o mercado leiteiro também depende da tecnologia para continuar crescendo e se tornar cada vez mais produtivo. A expectativa é que nos próximos anos tenhamos soluções cada vez mais eficientes. Aliás, esses são os desafios da indústria: identificar os processos em que os equipamentos podem ser aplicados; e apresentar soluções de alta qualidade, capazes de minimizar o esforço físico, garantir a produtividade e ainda tornar o trabalho mais seguro.

(*) André Lobo Faro é diretor nacional de Vendas e Serviços da Husqvarna, líder global no fornecimento de equipamentos para o manejo de áreas verdes e que comemorou 325 anos em 2014.

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