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Cidades

Alvo da "Operação Reagente", empresa é multada em 1,3 milhão

Além da multa, a empresa está impedida de licitar ou fazer contratos com o governo estadual

Leonardo Rocha | 21/10/2020 11:24
Controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão, durante entrevista (Foto: Edemir Rodrigues - Governo MS)
Controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão, durante entrevista (Foto: Edemir Rodrigues - Governo MS)

A CGE (Controladoria-Geral do Estado) multou em R$ 1,3 milhão a empresa Novos Ciclos Produtos e Equipamentos para Saúde, após processo que constatou fraude em licitação feita com o governo estadual. Ela (empresa) foi alvo da Operação “Reagente”, que investigou superfaturamentos em contratos com o HR-MS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em 2018.

A empresa também está impedida de licitar ou contratar com o governo estadual, pelo prazo de 3 anos. A multa foi estipulada em R$ R$ 1.328.398,00, tendo que ser quitada em um prazo de 30 dias, após data do “transitado em julgado”.

“A empresa foi alvo da Operação Reagente e nós solicitamos o compartilhamento de provas junto à Justiça. Depois foi montado um processo administrativo, que baseado na Lei Anticorrupção, chegou a esta decisão após um ano de trabalho”, descreveu o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão, em entrevista ao Campo Grande News.

Ele ponderou que foi constatado “fraude na licitação”, por isso a aplicação da multa e impedimento da empresa em fazer novos contratos com o governo. “Ela (empresa) ainda pode entrar com recurso administrativo e também com ação na Justiça para reverter a decisão”, explicou Girão.

Entramos em contato com a empresa, mas até o fechamento da reportagem, não obtivemos resposta sobre a decisão da CGE.

Ação do Gaeco durante Operação Reagente no Hospital Regional (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Ação do Gaeco durante Operação Reagente no Hospital Regional (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Operação – A empresa Novos Ciclos Produtos e Equipamentos, que antes se chamava Neoline Produtos e Serviços Hospitalares, foi um dos alvos da Operação Reagente, deflagrada pelo Ministério Público, para investigar eventuais fraudes e superfaturamentos em contratos feitos com o Hospital Regional.

Com base nos materiais levantados, supõe-se que o total desviado supere R$ 2,8 milhões, em irregularidades que teriam sido montadas para que as empresas Lab Pack e a Neoline, por meio de seus proprietários, vencessem certames por meio da atuação dos demais suspeitos, que atuavam no hospital.

A Operação realizada em 30 de novembro de 2018, cumpriu três mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão para verificar ilegalidades em licitações e contratos do HR-MS. Também foi requisitado o bloqueio de bens dos envolvidos.

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