Campo Grande cai 20 posições no ranking nacional de saneamento básico
Em resposta, a Águas Guariroba disse que mudanças na forma de fazer a pesquisa impactaram o resultado
Campo Grande ocupa a 37ª colocação das cidades com melhor índice de saneamento básico do Brasil. O dado é do levantamento do Instituto Trata Brasil feito com informações de 2023 e que considera os 100 municípios mais populosos do país. Divulgado esta semana, o estudo revela que a capital sul-mato-grossense caiu 20 posições no ranking.
RESUMO
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Campo Grande registrou queda de 20 posições no ranking nacional de saneamento básico, ocupando agora o 37º lugar entre as 100 cidades mais populosas do Brasil, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil com dados de 2023. A capital sul-mato-grossense havia alcançado a 17ª posição em março de 2024. O investimento em saneamento por habitante aumentou de R$ 177,31 para R$ 195,31 entre 2022 e 2023, ainda abaixo do ideal de R$ 231,09. A cidade apresenta 97,41% de cobertura de água tratada e 87,64% de esgoto, com a concessionária Águas Guariroba relatando 93% de cobertura da rede de esgoto com tratamento total do material coletado.
No levantamento divulgado em março de 2024, Campo Grande ocupava a 17ª colocação que considera os padrões do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Na ocasião, a cidade havia subido nove posições comparado ao ano anterior.
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A queda coloca a Capital entre os cinco municípios com maior variação negativa. Segundo o instituto, para a maioria das cidades nesse contexto houve regressão no nível de atendimento de água e um aumento do número de economias totais ativas de água.
"Uma possível explicação para a queda do atendimento à população, mesmo com aumento de economias ativas, é a queda na relação habitante/economia apresentada para muitas cidades no Censo 2022, ou seja, ainda que estejam expandindo fisicamente os serviços, o atendimento por habitante é menor que o projetado anteriormente", diz o Instituto Trata Brasil.
O estudo ainda mostra que o investimento total por habitante para saneamento básico feito em Campo Grande subiu de R$ 177,31 para R$ 195,31 entre 2022 e 2023. O Plano Nacional de Saneamento Básico considera ideal o investimento anual de R$ 231,09 por habitante.
Além disso, aponta que 97,41% da população tem acesso à água tratada e 87,64% a esgoto. Em abril deste ano, a concessionária Águas Guariroba afirmou que 93% da população campo-grandense já tem cobertura da rede de esgoto e que todo o material coletado passa por tratamento.
Estado - Em 23 de fevereiro do ano passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados do Censo Demográfico 2022 para Mato Grosso do Sul, mostrando avanços no acesso ao esgotamento sanitário.
O acesso à água potável teve aumento de 4,3% se comparado com o último Censo, de 2010. A rede geral de abastecimento é predominante em 87,20% dos domicílios, alcançando 2,7 milhões de pessoas.
No ano de 2022, 45,8% da população, representando 462,8 mil domicílios e 1,25 milhão de pessoas, tinha acesso ao esgotamento sanitário.
Contestação - Em nota, a Águas Guariroba afirmou que as mudanças feitas pelo Instituto Trata Brasil na metodologia, nas premissas e na base de dados, impactaram diretamente o resultado do ranking, sobretudo no índice de perdas de água. A concessionária destacou que 100% da área urbana de Campo Grande possui abastecimento de água tratada, mas que o levantamento também incluiu a zona rural, que não faz parte do contrato firmado com a prefeitura.
Em relação ao esgoto, a empresa explicou que o estudo considera a quantidade de água distribuída como se toda virasse esgoto, o que não ocorre. Parte da água é usada em situações como lavagem de calçadas, indo para a drenagem, ou absorvida pelo solo. Segundo a concessionária, atualmente 94% da população tem acesso à coleta de esgoto e todo o volume coletado é tratado.
A companhia ainda ressaltou os investimentos no setor. Entre 2019 e 2023, Campo Grande aplicou R$ 195,31 por habitante em saneamento, valor 50% acima da média nacional, de R$ 130,05. O montante chegou a R$ 877 milhões no período, colocando a Capital como a terceira do país em volume de investimentos.
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