ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
AGOSTO, QUARTA  20    CAMPO GRANDE 28º

Cidades

Campo Grande cai 20 posições no ranking nacional de saneamento básico

Em resposta, a Águas Guariroba disse que mudanças na forma de fazer a pesquisa impactaram o resultado

Por Ana Paula Chuva | 20/08/2025 14:56
Campo Grande cai 20 posições no ranking nacional de saneamento básico
Trabalhadores em obra de esgoto em Campo Grande (Foto: Arquivo | Campo Grande News)

Campo Grande ocupa a 37ª colocação das cidades com melhor índice de saneamento básico do Brasil. O dado é do levantamento do Instituto Trata Brasil feito com informações de 2023 e que considera os 100 municípios mais populosos do país. Divulgado esta semana, o estudo revela que a capital sul-mato-grossense caiu 20 posições no ranking.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Campo Grande registrou queda de 20 posições no ranking nacional de saneamento básico, ocupando agora o 37º lugar entre as 100 cidades mais populosas do Brasil, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil com dados de 2023. A capital sul-mato-grossense havia alcançado a 17ª posição em março de 2024. O investimento em saneamento por habitante aumentou de R$ 177,31 para R$ 195,31 entre 2022 e 2023, ainda abaixo do ideal de R$ 231,09. A cidade apresenta 97,41% de cobertura de água tratada e 87,64% de esgoto, com a concessionária Águas Guariroba relatando 93% de cobertura da rede de esgoto com tratamento total do material coletado.

No levantamento divulgado em março de 2024, Campo Grande ocupava a 17ª colocação que considera os padrões do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Na ocasião, a cidade havia subido nove posições comparado ao ano anterior.

A queda coloca a Capital entre os cinco municípios com maior variação negativa. Segundo o instituto, para a maioria das cidades nesse contexto houve regressão no nível de atendimento de água e um aumento do número de economias totais ativas de água.

"Uma possível explicação para a queda do atendimento à população, mesmo com aumento de economias ativas, é a queda na relação habitante/economia apresentada para muitas cidades no Censo 2022, ou seja, ainda que estejam expandindo fisicamente os serviços, o atendimento por habitante é menor que o projetado anteriormente", diz o Instituto Trata Brasil.

O estudo ainda mostra que o investimento total por habitante para saneamento básico feito em Campo Grande subiu de R$ 177,31 para R$ 195,31 entre 2022 e 2023. O Plano Nacional de Saneamento Básico considera ideal o investimento anual de R$ 231,09 por habitante.

Além disso, aponta que 97,41% da população tem acesso à água tratada e 87,64% a esgoto. Em abril deste ano, a concessionária Águas Guariroba afirmou que 93% da população campo-grandense já tem cobertura da rede de esgoto e que todo o material coletado passa por tratamento.

Estado - Em 23 de fevereiro do ano passado, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os resultados do Censo Demográfico 2022 para Mato Grosso do Sul, mostrando avanços no acesso ao esgotamento sanitário.

O acesso à água potável teve aumento de 4,3% se comparado com o último Censo, de 2010. A rede geral de abastecimento é predominante em 87,20% dos domicílios, alcançando 2,7 milhões de pessoas.

No ano de 2022, 45,8% da população, representando 462,8 mil domicílios e 1,25 milhão de pessoas, tinha acesso ao esgotamento sanitário.

Contestação - Em nota, a Águas Guariroba afirmou que as mudanças feitas pelo Instituto Trata Brasil na metodologia, nas premissas e na base de dados, impactaram diretamente o resultado do ranking, sobretudo no índice de perdas de água. A concessionária destacou que 100% da área urbana de Campo Grande possui abastecimento de água tratada, mas que o levantamento também incluiu a zona rural, que não faz parte do contrato firmado com a prefeitura.

Em relação ao esgoto, a empresa explicou que o estudo considera a quantidade de água distribuída como se toda virasse esgoto, o que não ocorre. Parte da água é usada em situações como lavagem de calçadas, indo para a drenagem, ou absorvida pelo solo. Segundo a concessionária, atualmente 94% da população tem acesso à coleta de esgoto e todo o volume coletado é tratado.

A companhia ainda ressaltou os investimentos no setor. Entre 2019 e 2023, Campo Grande aplicou R$ 195,31 por habitante em saneamento, valor 50% acima da média nacional, de R$ 130,05. O montante chegou a R$ 877 milhões no período, colocando a Capital como a terceira do país em volume de investimentos.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.