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Cidades

Com base em laudo, família de fã que morreu em show vai à Justiça

Conforme o advogado, o resultado do laudo confirma que houve falha e omissão por parte dos organizadores

Por Viviane Oliveira | 28/12/2023 09:23
Ana Clara Benevides tinha 23 anos quando morreu no dia 17 de novembro deste ano (Foto: reprodução / Instagran) 
Ana Clara Benevides tinha 23 anos quando morreu no dia 17 de novembro deste ano (Foto: reprodução / Instagran)

Depois da divulgação do laudo que apontou a exaustão térmica causada pelo calor como a causa da morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, durante show da Taylor Swift no Rio de Janeiro, no dia 17 de novembro, o advogado João Paulo Sales Delmondes disse que a família da jovem pretende entrar com ação judicial para reparação de danos.

Conforme o advogado, o resultado do laudo confirma que houve falha e omissão por parte dos organizadores em relação às necessidades dos fãs. “O objetivo da família é buscar o judiciário com um caráter punitivo para mostrar que a empresa errou e seja responsabilizada pelo dano que cometeu, bem como pedagógico para servir de exemplo para que outras famílias não passem pela mesma dor que a família da Ana Clara vem passando”, explicou.

Na época do evento, a cidade enfrentava uma onda de calor extremo e registrou temperatura acima de 40ºC. A T4F (Time For Fun), produtora do show, foi criticada por impedir que os fãs entrassem no estádio com garrafas d'água. A polícia deve intimar representantes da empresa para depor sobre o caso.

O laudo da perícia comprova que Ana Clara não ingeriu bebida alcoólica, não consumiu substâncias tóxicas e não tinha doenças preexistentes antes do óbito. Ainda de acordo com João Paulo, inicialmente a família vai buscar a reparação dos danos na esfera cível.

Advogado João Paulo fala sobre o caso (Foto: reprodução / vídeo) 
Advogado João Paulo fala sobre o caso (Foto: reprodução / vídeo)

“Entendemos que estamos com todos os elementos probatórios suficientes, ou seja, as condições climáticas no dia do evento, a falha da organização dificultando a entrada de água, a ausência de pontos de hidratação, o pronunciamento do próprio CEO da T4F reconhecendo os erros no dia da fatalidade”, disse.

As situações acima, conforme o advogado, deixa claro que a omissão da organização e das autoridades responsáveis pela fiscalização foi fator preponderante para a ocorrência da morte de Ana Clara.

Por nota, a T4F afirmou que “seguiu todas as melhores práticas de organização de eventos” e que “distribuiu milhares de copos de água", reiterando que em "mais de 40 anos de atuação, a empresa nunca havia registrado um episódio trágico como o ocorrido no Engenhão, decorrente de fator climático”.

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