Com fim da emergência sanitária, Coronavac será aplicada só de 5 aos 18 anos
Ministro da Saúde pediu a prorrogação da validade da Coronavac, mas só para crianças e jovens
"Ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas suficientes para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Para o esquema vacinal em adultos, esse imunizante, eu penso e é um consenso em países que tem agências regulatórias do porte da Anvisa, ele não é usado para o esquema vacinal primário. Ele é usado para o esquema vacinal primário no Brasil para a faixa etária compreendida entre 5 a 18 anos", justificou o ministro da Saúde no fim da manhã desta segunda-feira sobre nova forma de utilização da Coronavac no País.
Marcelo Queiroga explicou que por mais um ano foi solicitado que o imunizante chinês seja utilizado, mas apenas em crianças e jovens. Os adultos que ainda não completaram o esquema primário ainda podem ser vacinados com a Coronavac.
Ontem, o Ministério anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, decretada por conta da covid-19 no Brasil em março de 2020. "A covid não acabou e não vai acabar, e nós precisamos conviver com essa doença e com esse vírus. Felizmente, parece que o vírus tem perdido a força, tem perdido a letalidade, e cada dia nós vislumbramos um período pós-pandêmico mais próximo de todo mundo", anunciou no domingo.
O ministro garantiu que haverá um período de transição, e que mesmo com o fim da emergência sanitária, “nenhuma política de saúde será interrompida”.
A Espin permite uso emergencial de vacinas e compras de insumos sem licitação e outras regras, por exemplo. Por isso, os governos estaduais cobraram a transição para comprar medicamentos e, principalmente, a vacina Coronavac, que ainda não têm o registro definitivo na Anvisa, o que foi solicitado pelo prazo de mais um ano.
A causa do fim do estado de emergência sanitária, segundo o Ministério, é a queda expressiva dos casos e dos óbitos provocados pela covid-19 nos últimos 15 dias. Também contou a capacidade do SUS de atender não só os casos de covid-19, mas também as sequelas.
Em média, 2 mil normas, inclusive, trabalhistas, deixam de ser obrigatórias - como o uso de máscaras, distanciamento e telemedicina.
O decreto não significa que a pandemia acabou, reforçou Queiroga. “Esta medida, no entanto, não significa o fim da covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à Constituição Federal.”