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Cidades

De 85,5 mil nascimentos na pandemia, 5,4 mil foram registrados sem nome do pai

Em detalhes, foram 2.648 bebês em 2020 e 2.808 mil em 2021

Lucia Morel | 06/04/2022 18:34
Recém-nascido é acolhido na Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Recém-nascido é acolhido na Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Entre os quase dois anos de pandemia, Mato Grosso do Sul registrou 85.889 nascimentos e dessas crianças, 5.456 foram registradas apenas com o nome da mãe. Em detalhes, foram 2.648 bebês no primeiro ano de pandemia e 2.808 mil no segundo que não tiveram o nome do pai incluso no nascimento.

Os dados são do módulo recém lançado “Pais Ausentes”, do Portal da Transparência do Registro Civil, que é nacional e administrada pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). A plataforma reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos.

Exemplo desse alto número é Dourados, a 233 Km de Campo Grande e onde os cartórios registraram 435 crianças apenas com o nome da mãe. O número é verificado justamente nos anos em que houve uns dos maiores números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 4.634 registros em 2020 e 4.799 em 2021.

Reconhecimento de paternidade – o serviço ainda lançou recentemente o módulo “Reconhecimento de Paternidade”, que verifica a quantidade de novos reconhecimentos feitos após o nascimento. No Estado, segundo a Arpen-Brasil, houve aumento de 50% desses casos quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da covid. Em Dourados, o índice alcança 89% em relação a 2019.

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