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Cidades

Em MS, 16 municípios ainda não têm Caps, diz Ministério Público

Segundo Ministério da Saúde, Estado possui uma das maiores taxas de suícidio a cada cem mil habitantes no país

Por Clara Farias | 14/01/2025 16:57
Em MS, 16 municípios ainda não têm Caps, diz Ministério Público
Paciente do Caps Guanandi caminha da enfermaria para refeitório. (Foto: Paulo Francis)

Com uma das maiores taxas de suicídio no país, 16 cidades de Mato Grosso do Sul ainda não possuem Caps (Centros de Atenção Psicossocial). Conforme o Ministério da Saúde, municípios com população acima de 15 mil habitantes deveriam ter o Caps I, que atende pessoas de todas as faixas etárias.

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Mato Grosso do Sul, com alta taxa de suicídio, apresenta 16 cidades sem CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), apesar da recomendação do Ministério da Saúde para municípios com mais de 15 mil habitantes. O Ministério Público Estadual orienta prefeitos a implantar o CAPS I nessas cidades. Quatro cidades maiores contam com residências terapêuticas, mas apenas em locais com CAPS pré-existente. O aumento de suicídios no estado é preocupante, com 286 casos em 2024, um crescimento de 68% em relação a 2023, reforçando a necessidade urgente de mais recursos e infraestrutura para saúde mental.

O levantamento feito pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) mostra que as cidades que ainda precisam se adequar são Amambai, Ivinhema, Miranda, Itaporã, Anastácio, Jardim, Ribas do Rio Pardo, Nova Alvorada do Sul, Ladário, Fátima do Sul, Itaquiraí, Mundo Novo, Terenos, Coronel Sapucaia, Iguatemi e Paranhos.

Ainda de acordo com o MP, os promotores de justiça dessas cidades estão orientados a recomendar aos prefeitos eleitos a implantação do Caps I.

Para tentar suprir a demanda do interior, quatro dos principais municípios do Estado (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá), possuem residências terapêuticas, que funcionam como moradia alternativa. A Capital abriga quatro destas residências, enquanto que as outras cidades contam com uma cada.

As residências terapêuticas só podem ser instaladas em cidades que previamente possuam um Caps "É nesta linha que tem trabalhado o MPMS, por meio do Núcleo de Apoio Especial à Saúde", explicou o MP.

Segundo o Ministério da Saúde, as maiores taxas de suicídio a cada cem mil habitantes foram registradas no Rio Grande do Sul (12,37%), Piauí (11,83%), Mato Grosso do Sul (11,76%), Roraima (11,5%), e Santa Catarina (11,21%). Os dados coletados são de 2010 até 2021, divulgado em 2024.

Somente na primeira quinzena do ano foram registrados 16 suicídios em Mato Grosso do Sul, conforme dados da Sejusp (Secretária Estadual de Justiça e Segurança Pública). Em 2024, foram 286 casos, um aumento de 68% em comparação a 2023.

Em MS, 16 municípios ainda não têm Caps, diz Ministério Público
Suicídios registrados em Mato Grosso do Sul nos últimos três anos (Foto: Reprodução/Sejusp)

Procure ajuda - Em Campo Grande, o GAV (Grupo Amor Vida) presta apoio emocional gratuito a pessoas em crise por meio de atendimento telefônico pelo número 0800 750 5554. Ligue sempre que precisar! O horário de funcionamento é das 7h às 23h, inclusive sábados, domingos e feriados.

Vítimas de depressão e demais transtornos psicológicos podem também buscar ajuda em escolas-clínicas de Psicologia, no Núcleo de Saúde Mental, CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou pelos telefones 141 e 188 CVV (Centro de Valorização da Vida), 190 da PM e 193 dos Bombeiros, que ajudam pacientes a romper o silêncio.

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