Em MS, 92,8 mil eleitores podem ter o título cancelado

Em Mato Grosso do Sul, 92.981 eleitores correm o risco de ter os títulos cancelados caso não regularizem a situação com a Justiça Eleitoral até o dia 19 de maio. O cancelamento ocorre quando o eleitor não comparece às urnas em três eleições consecutivas, não justifica a ausência ou não paga as multas, conforme o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

A situação eleitoral pode ser consultada no Autoatendimento Eleitoral, disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Quem utiliza o aplicativo e-Título também recebe notificações sobre a possibilidade de cancelamento.

Para evitar o cancelamento, o eleitor deve comparecer a um cartório eleitoral ou posto de atendimento, apresentando um documento oficial com foto que comprove a identidade. O título eleitoral ou o aplicativo e-Título também podem ser utilizados para a regularização. A documentação exigida pode variar conforme a situação do eleitor.

Eleitores que não votaram nem justificaram a ausência estão sujeitos a multa por turno ausente, cujo valor é definido pelo juiz eleitoral. O pagamento pode ser feito pelo Autoatendimento Eleitoral, pelo aplicativo e-Título ou presencialmente no cartório eleitoral, via boleto, Pix ou cartão. A regularização do débito ocorre automaticamente após a compensação do pagamento.

Segundo o portal Estatísticas Eleitorais, do TSE, a última anulação de títulos em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2019. Desde 2020, devido à pandemia de Covid-19, não houve cancelamento por ausência às urnas. Conforme o TSE, é fundamental que os eleitores regularizem sua situação dentro do prazo para garantir o direito ao voto nas próximas eleições e evitar impedimentos legais decorrentes do cancelamento do título eleitoral.

No último processo eleitoral, realizado em 2024, 184.812 eleitores deixaram de comparecer às urnas, o que corresponde a 28,60% do total de votantes aptos. O índice de abstenção foi ainda maior no segundo turno, com um acréscimo de 20.013 eleitores que não compareceram aos locais de votação.

Já no primeiro turno, em 6 de outubro, a taxa de ausência foi de 25,50%, percentual semelhante ao registrado em 2020, quando a pandemia de Covid-19 ainda impactava o pleito e a abstenção ficou em 25,14%.

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