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Cidades

Fiocruz e agência da OMS vão implantar tratamento injetável contra HIV

Projeto terá como público-alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV

Vinícius Lisboa, da Agência Brasil | 19/03/2022 11:57
A implementação será feita em parceria da OMS com a Fundação Oswaldo Cruz (Foto/Divulgação: Fiocruz)
A implementação será feita em parceria da OMS com a Fundação Oswaldo Cruz (Foto/Divulgação: Fiocruz)

O Brasil vai receber financiamento da Unitaid, agência global ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), para iniciar um tratamento injetável de prevenção ao HIV no país. A PrEp (profilaxia pré-exposição) utiliza o medicamento cabotegravir de ação prolongada e consiste em seis aplicações por ano, o que se mostrou mais eficaz do que o tratamento diário por via oral.Campo Grande News - Conteúdo de VerdadeCampo Grande News - Conteúdo de Verdade


A implementação se dará em uma parceria da agência com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o projeto será coordenado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde. A parceria foi anunciada ontem (18) no seminário conjunto Brasil e Unitaid, no Rio de Janeiro.

O cabotegravir de ação prolongada propicia oito semanas de proteção contínua contra a infecção pelo vírus, por meio de uma única injeção intramuscular. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o projeto terá como público-alvo os grupos mais vulneráveis à infecção pelo HIV: homens que fazem sexo com homens e mulheres trans, de 18 a 30 anos.

Além do Brasil, a Unitaid também selecionou a África do Sul para implantar o projeto, que será disponibilizado para adolescentes e jovens mulheres.

Os dois países vão adotar o tratamento de forma integrada a seus programas nacionais de saúde, e os dados gerados devem servir de apoio para a implantação global do programa. A meta das Nações Unidas é fazer com que a prevenção alcance 95% das pessoas com risco de infecção em 2025.

A Fiocruz explica que a PrEP injetável, além de facilitar o tratamento, ajuda a mitigar o medo de que os comprimidos sejam interpretados como tratamento do HIV e façam com que o usuário sofra estigma, discriminação ou violência por parceiro íntimo como resultado.


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