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Cidades

Governo lança programa para combater suicídio entre jovens indígenas

Projeto "Inspira Jovem" tem como objetivo fomentar a autonomia e empoderamento da juventude indígenas no MS

Por Clara Farias | 08/02/2025 09:33
Governo lança programa para combater suicídio entre jovens indígenas
Assembleia da Juventude Terena na Aldeia Brejão, em Nioaque (Foto: Divulgação/SEC MS)

Na semana em que ocorreu a 8ª edição da Assembleia da Juventude Terena, o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para a População Indígena lançou o programa "Inspira Jovem". A iniciativa é voltada a cuidar da saúde mental dos jovens indígenas dentro dos territórios.

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O Governo do Estado lançou o programa "Inspira Jovem" durante a 8ª Assembleia da Juventude Terena, visando cuidar da saúde mental dos jovens indígenas. O projeto busca garantir políticas públicas e enfrentar desafios que têm levado a situações trágicas, como o alto índice de suicídios entre indígenas. Dados da Fiocruz e do CIMI destacam Mato Grosso do Sul como um dos estados com maior taxa de suicídios indígenas. O programa pretende empoderar a juventude, promovendo autonomia e melhor qualidade de vida, preparando-os como futuros líderes e profissionais.

O subsecretário Fernando Souza explica que o projeto quer mostrar à juventude que a pasta é uma ponte para a garantia de efetivação de políticas públicas. "Temos tido várias situações que, em alguns casos, tem tido um fim trágico. Queremos mostrar que é preciso vencer os desafios", disse ele em entrevista ao Campo Grande News.

Conforme o estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado em abril de 2024, os indígenas tiveram a maior taxa de suicídio por 100 mil habitantes. A pesquisa utiliza o número de casos ocorridos entre 2015 e 2022, e aponta Mato Grosso do Sul em sexta posição, com a taxa acumulada de 35,20 por 100 mil habitantes.

Em 2023, foram registrados 180 casos no Brasil, sendo que os estados com o maior número de casos foram Amazonas, com 66, e Mato Grosso do Sul com 37. Os dados são do Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil, publicado pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário), em 2024. O relatório mostra, também, que em mais de um terço dos casos as vítimas eram indígenas com até 19 anos de idade.

Ainda conforme o relatório, em MS, a maioria era homem (28). Os dados são do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), e Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), agrupados pelo CIMI. Especialistas apontam o conflito territorial, falta de direitos básicos e ações violentas como algumas das causas do sofrimento indígena.

Fernando explica que o programa tem como meta promover o empoderamento e autonomia da juventude. "Para fazer com que eles fixem seus olhos lá no objetivo onde querem chegar, e que no percurso eles terão vários desafios, vários enfrentamentos e que nesses enfrentamentos os entes federados estão prontos a ajudá-los", destacou o subsecretário.

Com o empoderamento da juventude, a subsecretaria espera trazer melhor qualidade de vida, com dignidade e respeito. "Eles são nossos futuros profissionais e futuras lideranças", finalizou Fernando Souza.

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