Memorial conta em dias ausência de mulheres vítimas de feminicídio em MS
Ao todo, o memorial traz o nome de 35 mulheres vítimas de feminicídios, todos ocorridos a partir de 2024
O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) criou o Memorial Virtual “Dias Sem Elas”, em homenagem às vidas de mulheres vítimas do feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ao abrir o site da campanha #TodosPorElas, a contagem continua até chegar a números como 389, 340, 311, 70 e 30, que representam o total de dias que familiares e amigos convivem com a ausência de mulheres como Luciene, Joelma, Gilvanda, Sueli Maria e Mariza.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul lançou o Memorial Virtual "Dias Sem Elas", homenageando mulheres vítimas de feminicídio no estado. O memorial, parte da campanha #TodosPorElas, destaca a ausência de 35 mulheres, com contagem de dias desde seus assassinatos, para conscientizar sobre o impacto social do feminicídio. A iniciativa, liderada pela desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, visa sensibilizar a sociedade e reforçar o compromisso contra a violência de gênero. Casos emblemáticos, como os de Luciene, Joelma e Gilvanda, são lembrados, destacando a urgência de ações coletivas para combater essa violência.
Ao todo, o memorial traz o nome de 35 mulheres vítimas de feminicídios, todos ocorridos a partir de 2024. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre o impacto que a ausência dessas mulheres provoca e fazer um apelo para que a luta contra o feminicídio seja encarada como um dever coletivo.
Para o presidente do TJMS, o desembargador Sérgio Fernandes Martins, cada número tem um rosto, uma história.“É um convite à ação, à sensibilização e ao compromisso com a vida das mulheres”, destacou.
O memorial foi elaborado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, que tem a desembargadora Jaceguara Dantas da Silva como coordenadora.
“É preciso dar voz às mulheres vítimas de feminicídio. Este memorial é um alerta para a sociedade e mantém presente a história dessas mulheres para que não sejam esquecidas, e assim, reafirmamos nosso compromisso com o fim da violência contra a mulher em todas as suas modalidades, de forma especial o feminicídio, que retira o bem jurídico mais importante que temos, a vida”, afirmou a desembargadora.
Memória - Luciene Braga Morale, 50 anos, foi a primeira vítima de feminicídio de 2024. Ela chegou ao hospital da cidade morta e com sinais de espancamento no dia 3 de janeiro, em Sidrolândia. O marido Airton Barbosa Louriano, 45 anos, foi preso.
A diarista Joelma da Silva André, de 33 anos, foi morta no dia 21 de fevereiro de 2024. Foram nove facadas, sendo três no rosto, cinco nas costas e uma no tórax, onde a faca ficou cravada. O crime aconteceu no Bairro Indubrasil, em Campo Grande. O ex-marido Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi preso pelo feminicídio. Os filhos viram a mãe ser assassinada.
Gilvanda de Paula e Silva, de 42 anos, foi perseguida e assassinada pelo ex-companheiro dentro de um carro, na manhã de 21 de março, quando chegava a um velório. O crime aconteceu em Três Lagoas. Após ser preso, Pedro Henrique Amaral, de 26 anos, disse que havia ingerido bebidas alcoólicas, quando decidiu seguir a vítima e a matou a tiros.
Sueli Maria Conceição da Silva, de 56 anos, foi morta a golpes de faca no dia 17 de novembro do ano passado em Naviraí. Familiares da vítima e vizinhos relatam que o feminicídio ocorreu porque ex-companheiro, Carlos Pereira da Silva, de 45 anos, não aceitava o fim do relacionamento.
Mariza Pires, de 66 anos, foi morta com uma pá pelo filho Diego Pires de Souza, 36 anos, no dia 27 de dezembro de 2024. Ela foi a última vítima de feminicídio do ano.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.