Movimento contra Bolsonaro para o trânsito na principal avenida da Capital
Em todo país 430 cidades foram para as ruas contra o a gestão do atual governo federal
Grupos contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na Praça do Rádio Clube, centro de Campo Grande, neste sábado (24) para protestar. A manifestação pela principal avenida da cidade gerou engarrafamento e lentidão, tanto na Afonso Pena como em outras ruas nas proximidades da praça. A Polícia Militar acompanhou e ordenou o trânsito no local.
Com saída às 10h30 e participação de aproximadamente 3 mil pessoas, o grupo desceu a Avenida Afonso Pensa rumo à 14 de Julho até a Rua Cândido Mariano e retornando à Afonso Pena pela Rua 13 de Maio para finalizar o itinerário na Praça do Rádio, local da concentração inicial.
Com equipes de apoio identificadas com coletes azuis, foram distribuídas máscaras e oferecido álcool para que os participantes mantivessem condições mínimas de biossegurança por conta da pandemia.
Com a presença do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), Cut (Central Única dos Trabalhadores), frentes estudantis e sindicatos, coros de "Fora Bolsonaro" embalaram os participantes.
"Não é só um fora Bolsonaro. É em defesa da democracia. Sempre falei que ele era incompetente, despreparo e preconceituoso. Tudo o que eu dizia lá, antes das eleições, as pessoas estão vendo agora", declarou o deputado federal, Dagoberto Nogueira (PDT).
Gritos de ordem e canções falando da opressão e enaltecendo minorias também lembraram o dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra. "Temos que participar até pra denunciar a situação da mulher no país. É muito importante que nós, mulheres e negras, nos assumamos como tal. Tenho 61 anos e nunca deixei de ir à luta pois represento uma geração e vou abrir caminhos para os que virão, assim como as anteriores fizeram, quero deixar um legado para a outras negras", disse a funcionária pública aposentada, Sandra Pereira.
"Queremos dar um basta nessa situação, a classe trabalhadora não suporta mais! Em 2015 o grande motivo da saída da Dilma foi o preço dos combustíveis, que estavam abaixo dos R$ 3. Hoje já pagamos em R$ 5, 60 e não podemos achar isso tudo normal", explicou Wilds Ovando, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul.
"Primeiro passo é fora Bolsonaro. O povo tá cheio da falta de competência, o isolamento político ao qual esse governo colocou nosso país. O descaso com a saúde do nosso povo. As mais de 540 mil vítimas da covid-19 e do descaso desse governo", concluiu ele.
A mobilização também foi registrada em outras cidades do Estado: Aquidauana, Corumbá, Jardim, Nova Andradina e Ponta Porã. Em todo país 430 cidades foram para as ruas contra o governo.