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Cidades

MS foi quem mais encontrou crianças e adolescentes no trabalho infantil

Por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho, MS registrou 372 afastamentos, aponta relatório do MTE

Por Mylena Fraiha | 26/01/2024 15:29
Criança pegando pipa do chão, na Capital (Foto: Paulo Francis)
Criança pegando pipa do chão, na Capital (Foto: Paulo Francis)

Mato Grosso do Sul foi o estado com o maior número de afastamentos de crianças e adolescentes de situações de exploração do trabalho infantil em 2023, conforme relatório divulgado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Por meio da Auditoria Fiscal do Trabalho, MS registrou 372 afastamentos, seguido por Minas Gerais, com 326 casos, e São Paulo, com 203.

No país, ao todo, foram afastadas 2.564 crianças e adolescentes de situações de exploração do trabalho infantil em 1.518 ações realizadas de fiscalização no último ano. Das 2.564 crianças e adolescentes resgatados, 1.923 são meninos e 641 meninas.

O ministério aponta que 89% das crianças e adolescentes foram encontradas em atividades elencadas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil, tais como trabalho na construção civil, venda de bebidas alcoólicas, coleta de lixo, oficinas mecânicas, lava a jato e comércio ambulante em logradouros públicos, atividades que acarretam graves riscos ocupacionais e à saúde dos menores.

De acordo com o MTE, os exploradores foram multados pelos auditores-fiscais do Trabalho e obrigados a realizar o pagamento dos direitos devidos às crianças ou adolescentes em decorrência do trabalho prestado.

As crianças e adolescentes resgatados foram encaminhados para a rede de proteção à criança e ao adolescente para inclusão em políticas públicas de proteção social, na escola, entre outros.

A inspeção do trabalho faz o encaminhamento das crianças e dos adolescentes retirados do trabalho infantil, em geral, para o Conselho Tutelar e para a assistência social dos municípios para inclusão nas políticas disponíveis mais adequadas.

Metas - Para o próximo ano, a coordenadora-substituta do Combate ao Trabalho Infantil, Andrea Nascimento, destaca o aumento das fiscalizações como prioridade da pasta.

"Queremos adotar diversas estratégias como a utilização de ferramentas técnicas e recursos tecnológicos que possibilitem aprimorar o planejamento das ações e melhorar os seus resultados com foco, principalmente, no combate às piores formas de trabalho infantil; a ampliação de articulações interinstitucionais e do diálogo social com entidades públicas e privadas", ressaltou Andrea.

O Ministério do Trabalho e Emprego mantém à disposição da sociedade um canal de denúncias de exploração ao trabalho infantil. Para denunciar, basta acessar o Sistema Ipê, que pode ser acessado por meio deste link.

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