No calorão de Porto Murtinho, até a obra da ponte bioceânica precisou de gelo
Diante das altas temperaturas, o material foi incorporado à mistura do concreto
Cidade mais quente do Brasil neste verão, Porto Murtinho tem exigido até o uso de gelo nas obras da ponte bioceânica, estrutura sobre o Rio Paraguai que vai conectar o município de Mato Grosso do Sul com Carmelo Peralta, do lado paraguaio. A ponte faz da parte da Rota Bioceânica, corredor viário que interligará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, reduzindo o tempo da viagem dos produtos para a China.
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Devido às altas temperaturas em Porto Murtinho, MS, considerada a cidade mais quente do Brasil em janeiro com 41,8°C registrados, as obras da ponte bioceânica sobre o Rio Paraguai estão utilizando gelo na mistura de concreto para garantir sua hidratação e resistência. A ponte, parte da Rota Bioceânica que conectará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, iniciou recentemente a fase de montagem do trem de avance, crucial para a suspensão das vigas da estrutura de 1.294 metros. Simultaneamente, o trecho paraguaio da rota rumo à Argentina está em processo de pavimentação.
De acordo com o Ministério de Obras Públicas e de Comunicações do Paraguai, o andamento das obras ocorre em condições climáticas exigentes, típicas do chaco paraguaio. Portanto, foi preciso adotar inovações técnicas para condições extremas.
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“O que exigiu um planejamento cuidadoso. Para fazer frente às altas temperaturas da região, foi incorporado gelo à mistura do concreto, técnica que garante sua correta hidratação e resistência. Isso evita o endurecimento prematuro, garantindo a qualidade do material em todas as etapas da construção”, informa o ministério.
Em janeiro, Porto Murtinho se consagrou como a cidade mais quente do Brasil. No último dia 10, o termômetro marcou 41,8ºC, conforme registrado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Durante essa primeira quinzena do mês, a bolha de calor garante temperaturas sempre perto dos 40ºC.
Trem de avanço – Nesta semana, a obra da ponte sobre o Rio Paraguai entrou em nova fase: o trem de avance. A etapa consiste na suspensão das vigas que formam a estrutura da ponte, com o auxílio de guindastes e cabos.
Prova disso é que um registro feito pelo fotógrafo Toninho Ruiz, na quarta-feira (15). Com trabalhadores e maquinários em ação. A montagem do trem de avance, equipamento que permite o deslocamento das vigas de um vão para o outro, é essencial para o avanço da obra.
Com 1.294 metros de extensão, a ponte é dividida em três trechos. Dois constituirão os viadutos de acesso em ambas as margens do rio e uma corresponderá à parte estaiada, medindo 632 metros, com vão central de 350 metros.
Destino à Argentina - O trecho paraguaio da Rota Bioceânica que se conecta à Argentina começou a ganhar os primeiros sinais de pavimentação.
As obras no trecho da rota, conhecido como Picada 500, ultrapassam 220 quilômetros. A rodovia vai de Mariscal Estigarribia, no departamento paraguaio de Boquerón, a Pozo Hondo, município fronteiriço com Mision de La Paz, na Agentina.
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