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Cidades

Para infectologista, dose de reforço é processo natural da imunização

Discussão sobre vacinação foi retomada, após MS anunciar intenção em priorizar 3ª dose para idosos

Aletheya Alves | 17/08/2021 17:01
Morador de Campo Grande sendo vacinado contra covid-19 na Seleta. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Morador de Campo Grande sendo vacinado contra covid-19 na Seleta. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Durante a manhã desta segunda-feira (17), foi anunciada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) a intenção em priorizar o reforço na vacinação contra covid-19 para idosos. Para o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Júlio Croda, o reforço é um processo natural.

Conforme explicado por Croda, pesquisas indicam a diminuição de efetividade das vacinas após seis meses, principalmente, em idosos. “Foi por esses dados que alguns países adotaram a dose de reforço. No máximo, em uma semana, devemos ter vacinado todos os adolescentes com uma dose e os demais vão aguardar a segunda dose, mostrando que a próxima etapa natural é a dose de reforço”.

Especificamente, em relação à escolha entre vacinar adolescentes ou reforçar a imunização dos idosos, o médico explica que não há polêmica. “É uma opção do gestor baseado no número de doses que vai ter disponível para ofertar. Se ele achar que é mais importante proteger os idosos no contexto da variante delta é uma boa medida. Depois retomar a vacinação dos adolescentes, não há problema. Depende do quantitativo de doses”.

Sobre a prioridade para o reforço, o infectologista diz que o processo deve incluir idosos, imunossuprimidos e posteriormente profissionais de saúde. “Você já garantiu a primeira dose, já vacinou seus adolescentes, está esperando a segunda dose para uma parte da população e o momento agora é verificar quem não foi vacinado e tentar garantir a maior proteção”, diz.

Decisão sobre reforço - Em coletiva, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, explicou que há pretensão em priorizar a terceira dose de reforço aos idosos. A justificativa é que pessoas mais velhas têm retornado ao grupo de risco.

No momento, a SES aguarda retorno do Ministério de Saúde sobre para permitir este tipo de vacinação. Desde a semana passada, houve autorização estadual para imunização de adolescentes e, agora, o cenário de prioridade pode mudar a partir da decisão sobre o reforço.

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