Problemas visuais lideram casos de deficiência registrados em MS
Município de Paranaíba tem a maior proporção de PcDs do Estado; analfabetismo alcança 16% em alguns grupos

Mato Grosso do Sul tem 174.860 pessoas com algum tipo de deficiência, segundo o novo painel do Observatório da Cidadania da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta quarta-feira (17). Os dados foram elaborados com base no Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgados em setembro de 2025.
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Mato Grosso do Sul possui 174.860 pessoas com algum tipo de deficiência, conforme dados do Observatório da Cidadania da UFMS, divulgados nesta quarta-feira (17). A deficiência visual é a mais comum, atingindo 96.300 sul-mato-grossenses, seguida por dificuldades de mobilidade, motora, cognitiva e auditiva. Mulheres representam a maioria entre as pessoas com deficiência, e pardos e brancos são os grupos raciais mais afetados. O levantamento também destaca desigualdades educacionais e municipais. Paranaíba lidera em proporção de pessoas com deficiência, com 11,39%. Na educação, taxas de analfabetismo são preocupantes, especialmente entre homens de 25 a 29 anos e mulheres de 50 a 59 anos. A plataforma ainda aborda políticas públicas e iniciativas de inclusão, como turismo acessível, que ainda são pouco implementadas.
O tipo mais frequente é a deficiência visual, que atinge 96.300 sul-mato-grossenses, o equivalente a 3,6% da população. Em seguida aparecem as dificuldades de mobilidade, com 62.143 pessoas, motoras, que somam 33.134, cognitivas, registradas em 32.456 casos, e auditivas, com 30.501. O levantamento mostra ainda que há mais mulheres, 97.536, do que homens, 77.324, entre as pessoas com deficiência.
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Em relação à cor ou raça, os maiores grupos são pardos (81.152) e brancos (73.428). Também foram identificados 14.839 pretos, 4.278 indígenas e 1.151 amarelos.
Na educação, os índices chamam a atenção: entre homens de 25 a 29 anos com deficiência, 15,5% são analfabetos. Já entre as mulheres, a taxa mais alta aparece na faixa dos 50 aos 59 anos, com 16,26%. No sistema de ensino, 9.268 pessoas com deficiência frequentam o ensino fundamental, 3.699 o ensino médio e 2.995 o ensino superior.
O painel também revela desigualdade entre municípios. Paranaíba é a cidade com maior proporção de PCDs (pessoas com deficiência) em sua população, 11,39%. Depois aparecem Cassilândia (10,39%), Corguinho (9,83%), Coxim (8,99%) e Aparecida do Taboado (8,89%).
Além de traçar um retrato da população, a plataforma apresenta informações sobre políticas públicas, como inclusão escolar, acessibilidade em espaços públicos e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Iniciativas de turismo acessível, por outro lado, estão entre as menos implementadas.
O Observatório da Cidadania de MS (Mato Grosso do Sul) foi criado em 2024 pela UFMS, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e com o apoio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).
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