ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 32º

Cidades

Problemas visuais lideram casos de deficiência registrados em MS

Município de Paranaíba tem a maior proporção de PcDs do Estado; analfabetismo alcança 16% em alguns grupos

Por Kamila Alcântara | 17/09/2025 08:25
Problemas visuais lideram casos de deficiência registrados em MS
Pessoa cega caminha com bengala vermelha em calçada urbana, que simboliza ter deficiência visual surdocega (Foto: Agência Senado)

Mato Grosso do Sul tem 174.860 pessoas com algum tipo de deficiência, segundo o novo painel do Observatório da Cidadania da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta quarta-feira (17). Os dados foram elaborados com base no Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgados em setembro de 2025.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Mato Grosso do Sul possui 174.860 pessoas com algum tipo de deficiência, conforme dados do Observatório da Cidadania da UFMS, divulgados nesta quarta-feira (17). A deficiência visual é a mais comum, atingindo 96.300 sul-mato-grossenses, seguida por dificuldades de mobilidade, motora, cognitiva e auditiva. Mulheres representam a maioria entre as pessoas com deficiência, e pardos e brancos são os grupos raciais mais afetados. O levantamento também destaca desigualdades educacionais e municipais. Paranaíba lidera em proporção de pessoas com deficiência, com 11,39%. Na educação, taxas de analfabetismo são preocupantes, especialmente entre homens de 25 a 29 anos e mulheres de 50 a 59 anos. A plataforma ainda aborda políticas públicas e iniciativas de inclusão, como turismo acessível, que ainda são pouco implementadas.

O tipo mais frequente é a deficiência visual, que atinge 96.300 sul-mato-grossenses, o equivalente a 3,6% da população. Em seguida aparecem as dificuldades de mobilidade, com 62.143 pessoas, motoras, que somam 33.134, cognitivas, registradas em 32.456 casos, e auditivas, com 30.501. O levantamento mostra ainda que há mais mulheres, 97.536, do que homens, 77.324, entre as pessoas com deficiência.

Em relação à cor ou raça, os maiores grupos são pardos (81.152) e brancos (73.428). Também foram identificados 14.839 pretos, 4.278 indígenas e 1.151 amarelos.

Na educação, os índices chamam a atenção: entre homens de 25 a 29 anos com deficiência, 15,5% são analfabetos. Já entre as mulheres, a taxa mais alta aparece na faixa dos 50 aos 59 anos, com 16,26%. No sistema de ensino, 9.268 pessoas com deficiência frequentam o ensino fundamental, 3.699 o ensino médio e 2.995 o ensino superior.

O painel também revela desigualdade entre municípios. Paranaíba é a cidade com maior proporção de PCDs (pessoas com deficiência) em sua população, 11,39%. Depois aparecem Cassilândia (10,39%), Corguinho (9,83%), Coxim (8,99%) e Aparecida do Taboado (8,89%).

Além de traçar um retrato da população, a plataforma apresenta informações sobre políticas públicas, como inclusão escolar, acessibilidade em espaços públicos e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Iniciativas de turismo acessível, por outro lado, estão entre as menos implementadas.

O Observatório da Cidadania de MS (Mato Grosso do Sul) foi criado em 2024 pela UFMS, em parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e com o apoio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.