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Cidades

Saúde garante que 3ª dose não compromete vacina aos adolescentes

Os dois grupos continuarão a ser vacinados em MS; sem 3ª dose, idosos têm sido, novamente, vítimas da covid

Guilherme Correia | 27/08/2021 11:12
Adolescente, sem comorbidades, é vacinada em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Adolescente, sem comorbidades, é vacinada em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

Em coletiva nesta manhã (27), o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, garantiu que a possibilidade de vacinar idosos com terceira dose não interfere na distribuição de imunizantes a adolescentes, de 12 a 17 anos, já incluídos no calendário vacinal.

Alguns pais têm relatado, por meio do canal Direto das Ruas, a preocupação em não ter vacinado o próprio filho, já que alguns municípios sul-mato-grossenses ainda não liberaram a todos os indivíduos acima de 12 anos, e que alguns podem não ter conseguido se imunizar, seja pela falta de doses no dia, ou por motivos diversos.

"Não vai prejudicar o calendário. Nós estamos reservando o quantitativo de doses vindas da vacina da Pfizer", garantiu Resende. Segundo o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), maior parte (70%) será destinada ao reforço do imunizante, enquanto os outros 30% estão garantidos a jovens.

Vale destacar também que, por enquanto, o intervalo de doses da Pfizer permanece de 90 dias, ao invés dos 21 dias, o que tem sido requisitado pelo governo de Mato Grosso do Sul.

Vamos fazendo esse balanceamento, para terminarmos a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos, também focar nos idosos e nas pessoas imunossuprimidas, além de termos iniciado o processo de imunização dos idosos acima de 60 anos que se encontram nas instituições de longa permanência [asilos]

Dados analisados pelo Campo Grande News no começo de agosto, indicavam a queda de imunidade de idosos, passada metade do ano, e um aumento de vítimas idosas. Posteriormente, autoridades de saúde reforçaram que entendiam que doses frequentes, tais como as de outras doenças, como a influenza, fossem aplicadas.

"Entendemos que nesse momento, é prioritário os idoso acima dos 80 anos, devido a estudos, porque são os que mais estão sendo vítimas da doença, e ao mesmo tempo, de internações. São as pessoas com mais suscetibilidade da covid-19 e precisamos poder fazer com que a gente restabeleça, através da dose de reforço, o sistema de defesa".

Segundo dados da própria SES, cerca de 44,6% da população desse grupo tomou a primeira dose de Pfizer, única permitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ou seja, mais da metade ainda não procurou vacina.

"Vamos continuar fazendo o processo de vacinação dos adolescentes, vários municípios estão chegando aos 12 anos, ainda precisamos sensibilizar um grupo de pais para que levem os filhos a imunização", finaliza Resende.

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