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Cidades

Saúde não vê estagnação do coronavírus em MS e aguarda resultado de exames

Sesau mudou critérios para testes e alerta que “não é possível, muito menos seguro, afirmar que estamos em processo de estagnação”

Aline dos Santos | 24/03/2020 12:10
Dica de prevenção contra o novo coronavírus é ficar em casa. (Foto: Marcos Maluf)
Dica de prevenção contra o novo coronavírus é ficar em casa. (Foto: Marcos Maluf)

O número de casos confirmados do novo coronavírus travado em 21 desde o domingo em Mato Grosso do Sul ainda não é sinal de alívio. Obviamente, não se menospreza aqui a situação dos doentes já confirmados, mas, a exemplo da população mundial, os sul-mato-grossense também não desgrudam os olhos das estatísticas, na mesma esperança de ver os casos diminuírem, freando a curva ascendente da doença.

Apesar de os boletins de domingo e segunda-feira terem o mesmo números de casos confirmados, tanto a SES (Secretaria Estadual de Saúde) quanto a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) não enxergam estagnação dos casos da pandemia da Covid-19.

“Não podemos falar em estagnação. Todos os testes realizados nos dois últimos dias deram negativo. A Vigilância Epidemiológica continuará realizando os testes e fazendo o monitoramento”, informa a SES nesta terça-feira.

Ainda de acordo com a pasta estadual de Saúde, não houve mudança de critério para testar somente pacientes graves. “É incorreto afirmar que foi devido à mudança de critério. A SES continua testando os suspeitos com sintomas de síndrome gripal e quem se encaixava na definição de caso suspeito”.

Já Sesau pontua que “não é possível, muito menos seguro, afirmar que estamos em processo de estagnação das notificações e casos positivos”. No entanto, informa mudança de estratégia em Campo Grande. Desde sábado (dia 21), são coletadas amostras apenas de pacientes suspeitos que estão hospitalizados, de acordo com preconização do Ministério da Saúde.

De acordo com a secretaria municipal, ainda há grande número de amostras aguardando o resultado de exames.

“A medida de coleta apenas em pacientes hospitalizados ou em óbitos suspeitos foi tomada visto a comunicação do ministério quanto a transmissão sustentada em todo País, e, levando em consideração estudos que apontam que, em aproximadamente 80% dos casos os pacientes possuem quadros leves ou são assintomáticos, não sendo necessária a hospitalização deles”, informa a Sesau.

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O pico – A SES (Secretaria Estadual de Saúde) se baseia na projeção nacional feita pelo Ministério da Saúde para os Estados com transmissão comunitária, que aponta pico de casos de 6 a 20 de abril. “Entretanto, não há como realizar fazer uma projeção para o Estado de Mato Grosso do Sul por não haver transmissão comunitária”. Na transmissão comunitária, não é possível rastrear a origem da infecção.

O boletim epidemiológico divulgado ontem pela SES mostra 21 casos confirmados e 70 em investigação. Os confirmados são em Campo Grande, Ponta Porã e Sidrolândia.

Campo Grande tem a maioria dos casos suspeitos, que somam 48. A lista de municípios com suspeitas da doença também inclui Anastácio (2 casos), Aquidauana (1), Bandeirantes (1),  Corumbá (2),  Dourados (2), Iguatemi (1), Jardim (1), Maracaju ( 1), Naviraí (2), Nova Alvorada do Sul (1), Paranaíba ( 1),  Ponta Porã (1), Ribas do Rio Pardo (1), Rio Brilhante ( 1), São Gabriel do Oeste (2) e Sete Quedas (2).  Novo boletim será divulgado na tarde desta terça-feira.


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