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Cidades

Sem vaga para casos respiratórios, secretários farão reunião para buscar solução

Em UPAs e hospitais particulares sem capacidade para tratamento específico, crianças esperam transferência

Caroline Maldonado e Clara Farias | 31/03/2023 11:14
Menino de três anos com broncopneumonia e derrame no pulmão, no CRS Tiradentes, ontem (30). (Foto: Direto das Ruas)
Menino de três anos com broncopneumonia e derrame no pulmão, no CRS Tiradentes, ontem (30). (Foto: Direto das Ruas)

As secretarias de Saúde do Estado e de Campo Grande farão reunião nesta sexta-feira (31) para discutir estratégias de como solucionar a situação da falta de vagas de internação para atender o aumento dos casos graves de doenças respiratórias, principalmente de crianças. Os pacientes não estão conseguindo atendimento adequado nem mesmo na rede privada, nos últimos dias. Faltam vagas em UTI (Unidade de Atendimento Intensivo) e muitos permanecem nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Somente na quinta-feira (30), foram noticiados os casos de um menino de três anos com broncopneumonia e derrame no pulmão, no CRS Tiradentes (Centro Regional de Saúde), aguardando vaga em hospital, e outro de três meses, internado com quadro grave de bronquiolite e broncopneumonia, no Hospital São Lucas. Ambos estavam esperando vaga há quatro dias.

O garoto de três anos foi transferido ao Hospital Regional, na madrugada de hoje (31), e está no corredor, segundo a família. Já o bebê continua no Hospital São Lucas, à espera de vaga, nesta manhã.

O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Sandro Benites, informou que na quarta-feira (29) foram acionados membros do Comitê de Emergência em Saúde para estudar soluções e uma série de medidas foram adotadas. O comitê foi reativado há duas semanas.

Todas as unidades receberam reforço no quadro de médicos pediatras e fisioterapeutas, conforme o secretário. Há pediatras do Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) que agora estão dentro das UPAs, especificamente para atender as crianças que estão em observação e, às vezes, passam mais de 24 horas dentro das unidades, aguardando vagas em hospitais.

“Hoje, teremos nova reunião para que outras medidas sejam adotadas com a presença de representantes da SES (Secretaria de Estado de Saúde). Então, teremos outras medidas que foram adotadas para divulgar à população”, disse Sandro.

O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, está afastado do cargo por duas semanas. No lugar dele, atua a secretária adjunta Christinne Maymone, que deve falar durante a tarde sobre o assunto.

Superlotação - Na quinta-feira (30), o Hospital Universitário informou que não há vagas disponíveis no momento, estando com mais de 100% de sua capacidade na ala de tratamento respiratório.

A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional, que informou não ser responsável por conduzir o processo de transferência de pacientes.

Na Santa Casa de Campo Grande, os leitos públicos e particulares estão com 100% de ocupação. Os pacientes que chegam agora têm que permanecer em leitos adaptados. A assessoria do hospital explicou que é comum o aumento de casos de síndromes gripais nesta época do ano, início do outono.

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