Sidrolândia registra novo caso suspeito de intoxicação por metanol em MS

Sidrolândia registrou caso suspeito de intoxicação por metanol, de acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo (5). Com a inclusão, Mato Grosso do Sul passa a registrar cinco casos em investigação: dois em Campo Grande, um em Ladário e um em Rio Brilhante.

Outro registrado em Campo Grande foi descartado pelas autoridades de saúde.

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Entre os registros, está a morte de um jovem de 21 anos, Matheus Santana Falcão, ocorrida em Campo Grande, cuja possível ligação com intoxicação por metanol foi reconhecida oficialmente pela pasta.

Até o momento, ainda não há confirmação laboratorial da presença de metanol nas vítimas — amostras de sangue e urina foram enviadas ao Lacen (Laboratório Central).

No Brasil, são 195 notificações de intoxicação por metanol, entre casos confirmados e em investigação, até agora, segundo levantamento federal.

Vale observar que o surto teve início em São Paulo, que concentra a maioria dos casos — tanto em número absoluto quanto em proporção — sendo responsável por mais de 160 notificações até o momento

Crise do metanol — O Brasil enfrenta surto de intoxicação por metanol vinculado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O fenômeno tem sido agravado pela circulação clandestina de bebidas com origem duvidosa e suspeitas de má procedência.

Desde o início das notificações em 2025, o Ministério da Saúde emitiu alertas e determinou a priorização do fornecimento de antídotos para estados com casos confirmados ou suspeitos, que são administrados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Também foram intensificadas operações de fiscalização em bares, conveniências e locais de venda de bebidas alcoólicas para identificar e apreender produtos adulterados ou de origem duvidosa.

O que é o metanol? O metanol é um tipo de álcool utilizado na indústria como solvente, em produtos químicos, combustíveis e outros usos industriais, mas não é seguro para consumo humano.

Quando ingerido, é metabolizado no fígado pela enzima álcool desidrogenase em formaldeído e posteriormente em ácido fórmico, compostos tóxicos para o organismo.

Mesmo em doses relativamente pequenas, a substância pode causar sintomas graves. Entre os sinais mais comuns estão náuseas, vômitos, dor abdominal, confusão mental, alteração da visão, dor de cabeça, falta de ar, depressão do sistema nervoso central e, nos casos mais graves, insuficiência respiratória, acidose metabólica e morte.

O ácido fórmico gerado pelo metabolismo do metanol é especialmente nocivo para a retina e para sistemas celulares, e pode provocar lesões irreversíveis ou fatais.

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