Usando hospitais, Caravana da Saúde quer acabar com fila de cirurgias
Caravana da Saúde vai realizar cirurgias e exames represados pela pandemia em diversas áreas da Medicina
Em até 30 dias deve ser lançada a nova versão da Caravana da Saúde que vai atender as cirurgias eletivas e exames represados por conta da pandemia. Utilizando a estrutura já existente dos hospitais, a Caravana quer fazer até 1,5 mil cirurgias em um único final de semana por todo o Estado.
A Caravana da Saúde será ampliada e vai realizar as cirurgias eletivas das áreas de ortopedia, cirurgia geral, ginecologia, entre outras. "Todas as cirurgias represadas serão feitas, e os exames especializados como tomografia, ressonância, endoscopia e colonoscopia também. Alguns já estavam represados antes mesmo da pandemia", enumerou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) já havia anunciado a volta da Caravana da Saúde a partir do mês de outubro. No entanto, o programa deve ser antecipado. "Estamos fazendo para lançar nos próximos 20, 30 dias", garantiu Resende.
O secretário explicou que os hospitais que queiram participar da Caravana vão passar por credenciamento ou processo licitatório. "Todo hospital de Mato Grosso do Sul que tiver condições de fazer cirurgias eletivas nós vamos abrir essa possibilidade", diz Resende.
A ideia é que num mesmo dia se consiga fazer um mutirão de procedimentos de determinada área da Medicina. O exemplo usado pelo secretário é quanto às cirurgias de ortopedia.
"Queremos que todo o Estado possa fazer de 1 mil a 1,5 cirurgias em um final de semana, no outro vamos para área de cirurgia geral", explica.
O secretário disse também que já se tem algumas cirurgias eletivas contratadas em alguns hospitais como Santa Casa, Hospital do Câncer e São Julião.
"Vamos fazer também parcerias com deputados federais e estaduais que queiram colocar suas emendas para fazer essas cirurgias. O que queremos é ver de fato a população sendo atendida que está aguardando há muito tempo na fila de espera", comenta.
Fila de espera - Sem detalhar números, Geraldo Resende diz que precisa fazer uma "depuração" nas filas, porque muitas pessoas que estão na regulação para passar pelo procedimento já podem ter feito a cirurgia.
"Muita gente que já fez a cirurgia continua na fila e muitas pessoas também já tiveram acesso a esses exames", fala.
Na Capital, a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que as cirurgias eletivas em Campo Grande seguem suspensas como alternativa para reduzir a ocupação dos leitos hospitalares no município.
E reiterou que não há previsão para que esses procedimentos sejam retomados, usando como justificativa que a volta poderá impactar diretamente na ocupação de leitos clínicos e de UTI nos hospitais que são utilizados para o tratamento adequado de pacientes covid.