Vizinha a MS, ilha paraguaia aceita Pix e sino é aplicativo para chamar o barco
"O povo pedia e facilita para os brasileiros", diz comerciante de Isla Margarita
De frente para Porto Murtinho, Isla Margarita (Paraguai) fica a poucos minutos de barco de Mato Grosso do Sul e os comerciantes do único centro comercial já adotaram um gosto do brasileiro: pagamento com Pix. Se do lado do Brasil a travessia se faz contratando o piloteiro na beira do rio, a volta é com apenas um som. Basta bater o sino que o barco vem rapidinho.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Isla Margarita, no Paraguai, a poucos minutos de barco de Mato Grosso do Sul, atrai turistas brasileiros, impulsionando o comércio local que já aceita Pix. Apesar da moeda oficial ser o dólar em algumas lojas, o real também é usado, principalmente em bares. A construção da ponte da Rota Bioceânica e o asfalto melhoraram o acesso, aumentando o turismo interno e externo, com expectativas de crescimento econômico para a região e geração de empregos. A ilha se destaca pela segurança e tranquilidade, contrastando com a especulação sobre a abertura de um Shopping China na região.
Na loja de departamentos, todos os produtos são vendidos em dólar. No último dia 7, a moeda americana estava cotada a R$ 6,15 no comércio de Isla Margarita. Já no bar, com fachada envidraçada para avistar o Rio Paraguai, os preços são em real.
A ilha faz parte do município de Carmelo Peralta, que terá nova ligação com Mato Grosso do Sul quando for inaugurada a ponte da Rota Bioceânica. Atualmente, o Rio Paraguai é a única estrada entre Brasil e o país vizinho.
“Já estamos percebendo aumento do público com o início da obra da ponte. O pessoal já está vindo investir, pesquisar terrenos, empresários de olho. Creio que vai ficar muito bom para nós aqui do Paraguai e Porto Murtinho também vai crescer com isso. Vai ter bastante fonte de trabalho. Aqui depende 90% do turismo. Graças a Deus, essa ponte vai ser muito boa para nós. O gostoso é isso, movimentar e ter vagas de trabalho”, afirma o comerciante João Alberto Jara, 42 anos.
As obras de asfalto para atender a rota facilitaram o deslocamento de pessoas que vêm de outras regiões do Paraguai. “Desde que começou essa ponte, está vindo bastante gente de fora. Os menonitas, que são os americanos, alemães, que estão aqui a 300 quilômetros, vêm para passear e estão comprando terrenos na colônia [Carmelo Peralta]”, diz João.
Mas, a maioria dos turistas ainda vem do Brasil, por isso a adesão ao Pix. “O povo pedia e facilita para os brasileiros. Já soluciona rápido e faz sucesso”.
Numa incursão pela ilha, deixando para trás o centro comercial, o tempo passa devagar, reinando a tranquilidade. Num cenário de casas sem muro, crianças brincando e muitas galinhas circulando.
O piloteiro Isidro Barros, 56 anos, conta que a ilha é segura. Segundo ele, não há perigo em dormir com portas e janelas aberta ou, até mesmo, no quintal da casa sem muro. “Não tem bandido”, diz.
Dos dois lados do Rio Paraguai, há muitos comentários sobre a possibilidade de um Shopping China abrir as portas em Carmelo Peralta. Mas a empresa só está em expansão em Ciudad del Este, na fronteira com o Paraná.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
Confira a galeria de imagens: