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Cidades

Morte de músico por meningite é a 2ª este ano; saiba mais sobre a doença

Elverson Cardozo | 16/07/2013 09:04
Helton Sambrana Maia morreu na madrugada deste domingo. (Foto: Reprodução/Facebook)
Helton Sambrana Maia morreu na madrugada deste domingo. (Foto: Reprodução/Facebook)

A morte do músico Helton Sambrana Maia, de 29 anos, em decorrência de uma meningite bacteriana, assustou muita gente, primeiro porque, no caso dele, os sintomas, segundo a família, foram semelhantes a uma gripe forte, mas o quadro se agravou rapidamente e o óbito foi inevitável.

Segundo levantamento da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, em todo o Estado, de 2011 a 2013, foram diagnosticados 138 casos da doença, sendo 18 só neste ano. Em 2011 houve 20 mortes, contra 7 em 2012 e duas em 2013. Helton Samambra é o segundo paciente que morre, em 2013, por conta da bactéria.

A meningite é uma doença conhecida, “antiga”, mas muitos ainda não sabem como ela é transmitida, quais os sintomas e as formas de tratamento.

O Ministério da Saúde a classifica como “um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro”. A meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como fungos, bactérias, vírus e agentes não infecciosos (traumatismo, por exemplo).

Do ponto de vista da saúde pública, as de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes “pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos”

Transmissão – Em geral, a transmissão é pelas vias respiratórias, por gotículas e secreções, de pessoa a pessoa, havendo necessidade de contato íntimo. É por isso que, quando um caso é diagnosticado, o tratamento se estende às pessoas do mesmo convívio.

O período de incubação, em geral, é de 2 a 10 dias, em média de 3 a 4 dias. Pode haver variação. Há ainda, a meningite tuberculosa, mas, neste caso, os sintomas ocorrem nos primeiros seis meses após a infecção.

Sintomas – No quadro clínico grave, a meningite, segundo o Ministério da Saúde, é caracterizada por febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito, rigidez na nunca, prostração e confusão mental. No curso da doença podem surgir delírio e coma.

Dependendo do caso, o paciente pode apresentar, ainda, convulsões, paralisias e tremores. As principais complicações das meningites bacterianas são a perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e distúrbio visuais.

Logo que a doença é diagnosticada, o tratamento com antibiótico deve ser iniciado feito de forma rápida e "associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência".

Prevenção - O infectologista Rivaldo Venância da Cunha explica que é difícil evitar o vírus, “porque ele tem portadores sadios, pessoas que tem a bactéria na garganta, que não sabe e conversa com outras pessoas”, mas não é todo mundo, disse, que, em contato com o vírus, vai adoecer, porque isso depende do organismo de cada um. “Quando a pessoa está com a manifestação clínica, tem que procurar atendimento médico para avaliação”, recomendou.

Via regra, a orientação para evitar doenças respiratórias, é a de praxe: priorizar a ventilação e ter cuidados com a higiene ao tossir, por exemplo. “O ambiente arejado é, antes de mais nada, uma questão de higiene”, lembrou.

Controle - De acordo com a portaria número 5, de 21 de fevereiro de 2006, a meningite faz parte da lista nacional de doenças compulsória. É de responsabilidade de todo serviço de saúde notificar todo caso suspeito às autoridades municipais.

Estas deverão providenciar, de forma imediata, a investigação epidemiológica e avaliar a necessidade de adoção das medidas de controle. Ainda segundo o órgão, todos os profissionais de saúde das unidades públicas e privadas e de laboratórios são responsáveis por essa notificação.

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