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Cidades

Alta incidência de dengue já atinge 17 cidades e epidemia continua em Iguatemi

Flávia Lima | 11/03/2015 12:41
Registros da doença aumentam em mais cinco cidades de MS. (Foto:Divulgação)
Registros da doença aumentam em mais cinco cidades de MS. (Foto:Divulgação)

Dados do último boletim epidemiológico divulgado no fim da manhã desta quarta-feira (11) pela secretaria de Saúde do Estado, apontam que passou de 12 para 17 o número de municípios com alta incidência de dengue. Entraram na lista durante o levantamento feito entre os dias 1º e sete de março, as cidades de Douradina, com 22 casos, Costa Rica, com 63, Água Clara, com 49 casos suspeitos, Japorã, com 33 notificações e por último Aral Moreira, com 44 casos registrados desde o início do ano. No total, o estado tem 5.853 casos suspeitos registrados desde o início do ano. Um aumento de 112% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já Campo Grande, apesar de ainda configurar entre as cidades com média incidência da doença, já começa a despertar preocupação devido às 956 notificações, o que significa um aumento de 11 casos em relação ao último boletim. O município teve uma média de 145 registros no último mês. "A preocupação existe porque é uma cidade polo, com outras cidades perto que podem ser afetadas", diz o coordenador do Controle de Vetores do Estado, Gilmar Cipriano Ribeiro.

Apesar do índice de registros nas 17 cidades ser alto, o coordenador explica que o quadro não é considerado de epidemia devido ao número de habitantes desses municípios. Também foi observado uma queda nas notificações nas últimas quatro semanas e em outras cidades esse número tem se mantido estável. "Mesmo tendo redução dos casos, elas permanecerão em alta incidência mais alguns dias devido ao número de habitantes, que é pequeno na maioria delas", ressalta.

É o caso de Iguatemi, que ainda apresenta um cenário de epidemia. A cidade tem 15.429 habitantes e acumula 1.142 notificações desde janeiro. Uma incidência de 7401,6. Porém, a cidade observou uma queda de 50% nas notificações em relação ao boletim anterior. "O problema é que como o município tem poucos habitantes, o número de registros ainda é considerado alto devido a essa relação", explica Gilmar.

Na sequência ainda seguem com elevado número de notificações, as cidades de Selvíria, Itaquiraí, Sete Quedas, Paranhos, Sonora, São Gabriel D'Oeste, Eldorado, Brasilândia, Naviraí, Chapadão do Sul e Três Lagoas

Lira

Sobre o último Lira (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti), Gilmar afirma que pelo menoso cinco cidades apresentam altos índices de infestação do mosquito. Cassilândia lidera com 5,80%, seguida de Coxim (4,10%), Mundo Novo (4%), Três Lagoas (3,80%) e Brasilândia (3,80%). A preocupação da secretaria é devido ao fato dos municípios não conseguirem reduzir a infestação e acabar contribuindo com o aumento de notificações no estado, no próximo relatório.

A partir dos novos dados do Lira, Gilmar afirma que serão tomadas novas medidas, além das ações já desenvolvidas com o propósito de reduzir as notificações. "Vamos criar ações extras e concentrasr as atividades nos bairros mais infestados para eliminar os criadouros", explica.

A falta de recursos e infraestrtura aionda continuam sendo os principai sentraves para combater a doença no interior do Estado. "Como as administrações começam o combate tardiamente, o trabalho fica prejudicado", conclui.

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