"Acabou", diz presidente da OAB-MS sobre governo de Dilma Rousseff
“O governo (federal) chegou ao limite do limite do que era possível e impossível ser feito. Acabou”. A frase é do presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul), Mansour Karmouche, sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil, em conversa na noite desta quarta-feira (16) com a reportagem do Campo Grande News.
A indignação do presidente da OAB-MS começa pela revelação de conversa telefônica entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. No diálogo, o líder petista se refere ao presidente nacional da Ordem, Claudio Lamarchia, como “aquele filho da p... da OAB”.
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“Não aceitamos, em hipótese alguma, qualquer pecha, insinuação, palavra de baixo calão ou ofensivas à instituição, que tem 85 anos e exige respeito, ainda mais de agentes públicos. Estamos falando da Presidência da República”, analisa Karmouche.
A partir disso, a posição do chefe da OAB sul-mato-grossense é que não há mais condições para Dilma Rousseff (PT) governar. Ele cita, inclusive, a expectativa de que “algo muito sério pode acontecer de hoje até sexta-feira” e, por isso, os representantes da Ordem mantêm-se em atenção especial durante esta noite e madrugada de quinta-feira (17).
Karmouche avalia como “ousadia” de Dilma e do PT nomear Lula como ministro-chefe da Casa Civil. Segundo ele, uma clara manobra para atrapalhar a Operação Lava Jato e beneficiar o líder petista, contrariando decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que veda este tipo de manobra.
“É uma violação muito grave interromper que as investigações andem”, avalia o presidente regional da OAB. “Dilma justificou que ele seria nomeado para fazer a parte política, mas se viu que era para fugir de uma eventual ordem de prisão”, complementa Karmouche ao comentar a decisão, do juiz federal Sérgio Moro, de quebrar o sigilo da Lava Jato e divulgar as interceptações telefônicas.
Nas ruas de Campo Grande, assim como em boa parte do Brasil, há manifestações contra a situação política do País. A Avenida Afonso Pena está parcialmente tomada, principalmente nas proximidades do MPF (Ministério Público Federal), instituição que, em Curitiba (PR), comanda a Lava Jato.