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Capital

"Centro" de operação, Denar tem entra e sai de advogados nesta sexta-feira

Operação Ostentação prende 19 pessoas e apreendeu carros de luxos, entre ele em Camaro amarelo e duas BMW

Geisy Garnes | 27/10/2017 16:02
Camaro amarelo está entre os veículos apreendidos com presos por tráfico Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico. (Foto: André Bittar)
Camaro amarelo está entre os veículos apreendidos com presos por tráfico Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico. (Foto: André Bittar)

A tarde desta sexta-feira (27) na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), centro da Operação Ostentação, é marcada pela grande movimentação de advogados. Na ação deflagrada nesta manhã, 19 pessoas apontadas como líderes de organizações criminosas foram presas e carros de luxo usados por elas apreendidos.

Depois das prisões, os advogados dos suspeitos procuraram a delegacia especializada para conversar com os delegados responsáveis pelo caso. Das 19 prisões, o Campo Grande News conseguiu conseguiu confirmar quatro nomes: Kauê Vitor Santos da Silva, Clayton Francisco Nunes, Guilherme de Azevedo e Dayvid de Oliveira Camargo. Todos têm idade em torno de 30 anos.

Clayton Nunes é proprietário de uma empresa de instalação, manutenção e reparação de ar-condicionado veicular, foi preso por supostamente ajudar no armazenamento de drogas. A defesa, composta por três advogados, afirmou à reportagem que atende a empresa do suspeito há cinco anos e por isso estranhou a situação, eles foram à delegacia nesta tarde para entender a circunstância da prisão.

Entre os detidos na ação, Kaue Vitor é apontado como um dos maiores traficantes da região sul da cidade. Com passagens pela polícia desde a adolescência, incluindo uma condenação por tentativa de homicídio, o suspeito foi preso pela última vez em agosto deste ano, por policiais do Batalhão de Choque, com uma pistola calibre ponto 638.

Na data, ele estava em liberdade condicional e foi flagrado no Jardim Paulo Coelho Machado em sua Toyota Hilux SW4, veículo cujo modelo novo pode chegar a custar até R$ 141 mil. Segundo a polícia, o traficante ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, proveniente do dinheiro do tráfico de drogas. Fotos em caminhonetes, jet ski e com acessórios de ouro foram encontradas pelos investigadores.

Dayvid de Oliveira Camargo foi preso em 2016 durante a primeira etapa da Operação PCMS 2016, junto com outras 15 pessoas. O suspeito foi detido por desviar 15 toneladas de carne de um caminhão frigorífico que saíu de Barra dos Bugres, Mato Grosso, no dia 16 de março de 2016, com destino a Chapecó, Santa Catarina.

Em entrevista coletiva, o delegado responsável pelo caso na época, Luís Alberto Ojeda, explicou que a mercadoria foi ‘furtada’ em Campo Grande e vendida por Dayvid e dois comparsas a supermercados da Capital.

Casa que foi vasculhada por policiais nesta manhã (Foto: Mirian Machado)
Casa que foi vasculhada por policiais nesta manhã (Foto: Mirian Machado)
Movimento de advogados foi intenso na delegacia nesta tarde (Foto: André Bittar)
Movimento de advogados foi intenso na delegacia nesta tarde (Foto: André Bittar)

Operação Ostentação - De acordo com um dos delegados envolvidos com a operação, Cleverson Alves dos Santos, as ações são fruto de oito meses de investigação. No total são 20 mandados de prisão e dezenas de mandados de busca e apreensão, que são cumpridos em toda a Capital.

“Os presos são os “cabeças” do tráfico de drogas na cidade. Eles não colocavam as mãos nos entorpecentes, apenas ostentavam carros de luxo, dinheiro e joias”, diz o delegado, justificando o título da operação. Um Camaro amarelo e duas BMW foram apreendidas. 

As ações começaram às 4h e envolvem os policiais de todas as delegacias especializadas de Campo Grande. Além de residências, também foram feitas batidas em casas noturnas. Os resultados, como quantidade de drogas, armas e veículos apreendidos ainda não foram divulgados, pois conforme o delegado, os mandados ainda são cumpridos no decorrer do dia.

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