"Fiquei louco, mas agora já foi feito", justificou assassino de motorista
Igor César de Lima Oliveira disse que ficou irritado com a forma como o motorista Rafael Baron teria falado com a esposa
Igor César de Lima Oliveira, 22 anos, disse que “ficou louco e irritado” com o comportamento do motorista de aplicativo Rafael Baron, 24 anos, e, por isso, decidiu matá-lo com dois tiros à queima-roupa. Ele estava foragido desde a noite de segunda-feira e entregou-se hoje, após negociação com a Polícia Civil. "Peço desculpas para a família, mas agora já foi feito".
Ele foi apresentado à imprensa e respondeu algumas perguntas. Na versão dele, ficou irritado quando o motorista teria dito para a mulher, que estava no banco de trás: “Esse friozinho é bom para fazer amorzinho”.
Depois disso, quando Igor saiu do carro e entrou no apartamento, já no Condomínio Reinaldo Buzanelli, no Jardim Campo Nobre, disse que ficou escondido, espionando a esposa que pagava o motorista. Nesse momento, segundo ele, viu a mulher beijando o motorista.
“Fiquei louco”. Por isso, pegou o revólver e voltou, atirando duas vezes em Rafael. “Peço desculpas para família, de coração, mas agora já foi feito”. Ele disse que tinha arma em casa porque fugiu da cadeia “cheio de treta”.
Igor repetiu por várias vezes que “gosta muito dela”, em referência à mulher e sempre avisou que se ela “quisesse aprontar, que largasse de mim e não ficasse de pilantragem”.
Durante o tempo que ficou foragido, disse que ficou escondido em matagal, perto de onde morava. Ele negou que tivesse recebido ajuda de familiares durante o período e que estava com celular e sabia “de cabeça” o telefone do advogado.
A viúva de Rafael, Karinne Pereira Baron, 24 anos, ficou revoltada com a versão apresentada. “Ele é louco, doente da cabeça”. Ela disse que o marido sempre foi muito respeitoso e jamais teria dito frases com as alegadas. Karinne lembra que Rafael demorou dois anos para falar que gostava dela e seis meses para pedi-la em casamento.
Revolta – depois que a notícia de que Igor havia sido preso, dezenas de motoristas de aplicativo foram ao 5º DP, no bairro Piratininga. Muitos gritavam: “assassino” e “Justiça”.
Igor foi levado à imprensa no 1º andar e voltou ao térreo, onde fica a carceragem. Nesse momento, as portas da delegacia estavam fechadas, mas era possível ver de fora quem passava e ele foi visto pelos profissionais.