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Capital

"Não adianta entregar e depois fechar", diz prefeito sobre Hospital do Trauma

"Será que o governo vai empobrecer se mandar R$ 6,5 milhões", questiona sobre repasse mensal necessário para abrir unidade

Mayara Bueno | 12/07/2018 09:59
Fachada do Hospital do Trauma, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis).
Fachada do Hospital do Trauma, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis).

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) cobrou novamente a abertura do Hospital do Trauma, unidade anexa à Santa Casa de Campo Grande. Inaugurada em abril, o local aguarda garantia de repasse de R$ 6,5 milhões mensais para custear a unidade. O chefe do Executivo municipal fez as declarações durante entrevista na Capital 95, nesta quinta-feira (dia 12).

"Não adianta entregar a obra e depois fechar". A crítica é dirigida especialmente ao governo federal, representado no dia da inauguração pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. "Será que o governo [federal] vai empobrecer se mandar R$ 6,5 milhões. Ai o ministro sobe no palco, fala que vai abrir em 30 dias. Era difícil, mas ele garantiu e até agora nada".

A obra foi retomada em 2016, com aporte de R$ 8,4 milhões, dos quais, R$ 1,6 milhão do governo estadual, R$ 2,5 milhões do Ministério da Saúde, R$ 3,2 milhões da prefeitura e R$ 890 mil da Associação Beneficente de Campo Grande. A Santa Casa precisou investir mais R$ 4 milhões para readequar o projeto estrutural inicial da unidade.

O hospital terá 100 leitos de internação, 10 UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), cinco salas cirúrgicas, duas salas para pequenos procedimentos cirúrgicos, três salas de observação com 15 leitos, três consultórios, duas salas de odontologia, duas salas de radiologia, uma sala de fisioterapia, uma sala de reabilitação, uma sala de tomografia, sala de emergência, área para recebimento de ambulâncias e estacionamentos que comporta 55 carros e 12 motos.

Tecnicamente, o nome é Unidade do Trauma porque compartilha setores como cozinha, lavanderia e administração. No caso da alimentação, a Santa Casa já tem produção diária de 4.500 refeições.

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde, mas até o fechamento e publicação deste texto não houve resposta.

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