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Capital

Acusação reforça ao júri que Luiz Afonso matou arquiteta por ciúmes

Marta Ferreira e Aline dos Santos | 03/03/2011 11:56
Empresário está sendo julgado 8 meses após o crime
Empresário está sendo julgado 8 meses após o crime

Começou a fase de debates entre acusação e defesa no julgamento do empresário Luiz Afonso dos Santos Andrade, 43 anos, assassino confesso da arquiteta Eliane Nogueira, encontrada morta eu seu carro, em julho do ano passado.

Os dois promotores responsáveis pela acusação, Renzo Siufi e Luciana Jorge, já se manifestaram.

A preocupação maior deles foi de reforçar a gravidade do crime, procurando convencer o júri de que Luiz Afonso cometeu um homicídio doloso triplamente qualificado, por meio cruel (ter colocado fogo na vítima), por motivo torpe (os ciúmes), e usando um recurso que dificultou a defesa da vítima (segundo a defesa, apóser ser esganada pelo marido, ela foi colocada no banco de trás do carro).

A defesa de Luiz Afonso e o próprio acusado tentam convencer o júri a não aceitar as qualificadoras do motivo torpe e do recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele argumenta que não foi o ciúmes que motivou a morte e sim uma briga entre muitas que já haviam tido e que Eliane não era tão frágil nem ele tão forte.

O empresário afirma que em meio a última briga, deu uma “gravata” para imobilizar Eliane. A acusação, porém, afirma que ela sofreu uma esganadura e por isso desmaiou.

Os promotores disseram que sobrou apenas 5% do corpo de Eliane para a perícia fazer exames e que a conclusão a que chegaram é que ela tinha no máximo 1,64, enquanto o empresário tem mais de 1,80. Ela afirma que a mulher tinha perto de 1,70.

Para confirmar que Luiz Afonso era um marido ciumento, os promotores apresentaram relatos de amigos do casal, segundo os quais ele cuidava muito da aparência da mulher, a ponto de impedir que ela tomasse sol para não ficar muito morena e que tinha sentimento de posse ao ponto de acompanhá-la ao banheiro no último evento social a que foram juntos, quando estavam separados havia 3 dias.

Um outro dado apresentado pela acusação para reforçar suas teses tem relação com a vida financeira do casal. Segundo foi dito ao júri, dias antes da morte de Eliane havia manifestado interesse em deixar a sociedade na empresa de iluminação de Luiz Afonso.

A empresa tinha 70% em nome de Eliane e o restante no nome de uma funcionária do empresário. Conforme os promotores, Eliane queria deixar a sociedade para não pagar as dívidas do empresário.

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