ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 34º

Capital

Adolescente de 13 anos matou irmão adotivo para vingar agressões do pai

Renan Nucci e Filipe Prado | 28/04/2015 10:22
Arma usada no crime foi apresentada nesta terça (Foto: Alcides Neto)
Arma usada no crime foi apresentada nesta terça (Foto: Alcides Neto)

Rafhael Nantes do Amaral, 24 anos, morto a tiros perto de uma boate nas imediações da Avenida das Bandeiras, na madrugada do dia 23, foi assassinado pelo irmão de consideração, um adolescente de 13 anos que se apresentou hoje (18) ao delegado João Reis Belo, na 5ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande. O garoto disse que o pai apanhava com frequência de Rafhael, que era adotado.

Acompanhado da mãe e do advogado Amilton Ferreira, o adolescente de quase 1,90m de altura relatou ao delegado que agiu em legítima defesa. Na data dos fatos, Rafhael, conhecido por envolvimento com tráfico, furto e receptação, bateu no pai adotivo e logo em seguida saiu de casa portando um revólver calibre 38 usado como proteção.

O garoto acordou no meio da madrugada por causa do barulho da briga, e foi atrás do irmão - a família vive na Vila Nhá-Nhá, muito próxima do local do crime. Os dois se encontraram e iniciaram uma discussão na Avenida das Bandeiras, momento em que Rafhael sacou a arma. O menor segurou ele pelo braço, tomou o revólver e, alegando estar agindo por impulso, ou pelo calor do momento, atirou diversas vezes.

Rafhel morreu atingido por seis disparos nas costas e no tórax. Quase no mesmo instante, um indivíduo armado e de moto se envolveu em acidente perto da boate e fugiu. A moto dele foi apreendida abandonada no Bairro Joceky Clube, mas a polícia constatou que o veículo não tem nenhum envolvimento com o caso.

O delegado João Reis Belo explicou que mesmo diante da confissão do menor, ainda aguarda o resultado de exame residuográfico para comprovar a autoria. O infrator deve responder pelo crime em liberdade. Durante depoimento, supostamente arrependido, ele afirmou que o pai apanhava sempre do filho adotivo, e que, inclusive, já foram registrados vários boletins de ocorrência por lesão corporal e ameaça.

Nos siga no Google Notícias