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Lado Rural

Com colheita atrasada, milho ocupa só 10% da área plantada em MS

Expectativa é de que a situação se normalize nas próximas semanas

Por Kamila Alcântara | 10/07/2025 17:47
Com colheita atrasada, milho ocupa só 10% da área plantada em MS
Máquina colhe grãos de milho e despeja em caminhão para transporte (Foto: Aprosoja/MS)

Até a última semana, apenas 10,2% da área de milho havia sido colhida em Mato Grosso do Sul, segundo dados da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milhos de Mato Grosso do Sul) . Ao todo, pouco mais de 214 mil hectares foram colhidos até o momento.

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A colheita do milho em Mato Grosso do Sul alcançou apenas 10,2% da área plantada, segundo a Aprosoja/MS. O atraso é atribuído à alta umidade dos grãos e à escassez de caminhões para transporte, com apenas 214 mil hectares colhidos até o momento. A região centro lidera com 12,5% da área colhida, seguida pelo sul com 10,8% e norte com 1,67%. O plantio tardio da soja impactou o cronograma do milho, e a colheita, iniciada em maio, deve se estender até agosto. Os preços estão em queda devido ao aumento da oferta e à desvalorização do dólar.

A região centro está mais adiantada, com 12,5% da área colhida, quanto no sul, o índice é de 10,8% e na região norte aparece com apenas 1,67%. A colheita começou no fim de maio e deve seguir até o fim de agosto, com pico previsto para o mês de julho.

Segundo o coordenador técnico da Aprosoja, Gabriel Balta, o avanço lento é reflexo da alta umidade dos grãos e da falta de caminhões para transporte. “O produtor evita o custo da secagem artificial e prefere esperar o milho secar naturalmente na lavoura. Como o preço está ruim, não há pressa para colher”, explicou.

Ainda de acordo com ele, a falta de caminhões é mais sentida na região central do Estado, mas a expectativa é de que a situação se normalize nas próximas semanas, com o avanço do pico de colheita.

Em Chapadão do Sul, a umidade também tem atrasado o início da colheita em algumas propriedades. Segundo o produtor e diretor da Aprosoja, Pompílio Silva, tudo começou com o plantio da soja, feito com atraso entre os dias 15 e 20 de outubro. “Isso impactou diretamente a colheita da soja e empurrou o plantio do milho para fevereiro. Poucos conseguiram plantar em janeiro, como costumava acontecer por aqui”, detalhou.

Mercado pressionado - Com a entrada do milho no mercado, os preços estão em queda. De acordo com o analista de economia da Aprosoja, Mateus Fernandes, além do aumento na oferta, a queda do dólar também pressiona os valores pagos ao produtor.

“Apesar disso, o cenário atual é melhor do que no ano passado. Agora, o maior desafio será a armazenagem. Quem tiver estrutura para guardar o milho pode se beneficiar futuramente, quando os preços subirem”, afirmou.

Tempo - A previsão do tempo é de dias secos e ensolarados em Mato Grosso do Sul. Um sistema de alta pressão atmosférica mantém o tempo estável e sem previsão de chuva significativa pelos próximos dez dias.

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