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Lado Rural

MS conclui o plantio da soja com 4,501 milhões de hectares

Semeadura da oleaginosa terminou no dia 13 de dezembro; colheita começa no final de janeiro

Por José Roberto dos Santos | 18/12/2024 13:40
Lavoura de soja em pleno desenvolvimento em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Lavoura de soja em pleno desenvolvimento em Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

Com uma semana de antecedência em relação ao ciclo anterior, Mato Grosso do Sul concluiu no dia 13 dezembro o plantio da soja para a safra 2024-25. Segundo boletim divulgado pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), com base em levantamentos feitos pelo Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), foram cultivadas 4,501 milhões de hectares, um crescimento de 6,8% em relação a 2023-24. A área plantada real será divulgada somente ao final da safra.

RESUMO

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O Mato Grosso do Sul finalizou o plantio da soja para a safra 2024-25 em 13 de dezembro, com uma área cultivada de 4,501 milhões de hectares, um aumento de 6,8% em relação à safra anterior. A produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare, totalizando uma produção de 13,9 milhões de toneladas, superando a safra anterior em 15%. Apesar das boas condições atuais, com 90% das lavouras em boas condições, a incidência de pragas como o percevejo marrom e a ferrugem-asiática preocupa os produtores. A colheita está prevista para começar na penúltima semana de janeiro e deve se concentrar entre 14 de fevereiro e 21 de março. No cenário nacional, a produção de soja deve ultrapassar 172,2 milhões de toneladas, mas os agricultores precisam estar atentos ao manejo de doenças e pragas para garantir a produtividade.

 A produtividade estimada pelas instituições é de 51,7 sacas por hectare, o que deve gerar uma produção de 13,9 milhões de toneladas do grão, superando em cerca de 15,5% a produção anterior, que fechou em 12 milhões de toneladas.

Segundo o boletim do Siga-MS, o plantio foi concluído com 90% das lavouras em boas condições, 7% em condições regulares e 2,6% em condições ruins. A soma das lavouras consideradas regulares e ruins, até agora, é de 434 mil hectares. O prognóstico para dezembro, janeiro e fevereiro, baseado em dados históricos, indica que as chuvas podem variar entre 500 e 800 mm. Segundo diversos modelos de previsão, é provável que as chuvas não se desviem muito da média histórica. Isso sugere uma boa chance de termos um período chuvoso durante o enchimento de grãos, o que pode aumentar a produtividade da soja no Estado

Na comparação com o mesmo período da safra 2023/2024, o Estado tinha 89,3% das lavouras em boas condições, 10% em condições regulares e 0,7% em condições ruins. No entanto, o cenário climático futuro era bem diferente, com chuvas esperadas entre 500 e 700 mm no trimestre (dezembro-janeiro-fevereiro), uma probabilidade abaixo da média histórica.

A colheita deste ano está prevista para começar na penúltima semana de janeiro. No entanto, a maior concentração da colheita está programada para ocorrer entre 14 de fevereiro e 21 de março, abrangendo 86% do total. A colheita deve continuar até o dia 18 de abril.

Cenário nacional otimista

Com índice de chuvas adequado e boas condições para o desenvolvimento das lavouras nas principais regiões produtoras, a safra de soja 2024/2025 caminha para um cenário otimista. Projeções da Agroconsult estimam produção acima de 172,2 milhões de toneladas no Brasil, o que corresponde a 16,7 milhões acima da temporada 2023/2024. Porém, mesmo com as boas projeções, agricultores devem manter a atenção no controle de doenças e pragas, que podem reduzir a produtividade se não for realizado um manejo adequado.

Percevejo marrom assombra MS e PR

Na região do Paraná e Mato Grosso do Sul, a incidência precoce de percevejo marrom preocupa produtores. É o que relata Sérgio Silva, gerente de Desenvolvimento de Mercado Sul da BASF Soluções para Agricultura no Brasil, que também alerta para prevenção de doenças em conversa com a coluna Lado Rural. “O principal cuidado que precisamos ter é em relação às doenças, como a cercóspora e a ferrugem, que costumam acentuar da metade para o final do ciclo da soja”, afirma.

Nesse sentido, Silva chama a atenção para a necessidade de aplicações preventivas e escolher produtos seletivos por conta da incidência de chuvas e altas temperaturas na região. “Não é que esteja faltando, mas temos uma chuva limitada. Então, não podemos prejudicar o desenvolvimento das plantas. É fundamental que o agricultor utilize ferramentas mais seletivas, que não causem fitotoxicidade, ou seja, danos nas folhas”, explica.

Ferrugem asiática já registra ocorrências

As primeiras ocorrências da ferrugem asiática da soja em lavouras comerciais da safra 2024/25 foram registradas em São Paulo (4 casos), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Paraná (17). Este último estado preocupa mais pela proximidade com Mato Grosso do Sul. As informações são do Consórcio Antiferrugem, que reúne dados sobre a ocorrência da doença em todos os estados brasileiros.

A ferrugem asiática da soja é a principal doença na cultura da soja e o custo médio para controle de doenças tem sido estimado ao redor de US$ 2,8 bilhões por safra no Brasil. Entre as principais estratégias de manejo da ferrugem estão: o vazio sanitário, a utilização de cultivares precoces e a semeadura no início da época recomendada, o uso de cultivares com genes de resistência e o uso de fungicidas. Dependendo do ataque, a doença pode reduzir em 90% a produtividade da planta.

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