Em MS, abate de bovinos cresce 14% em 11 meses de 2024
Abate de fêmeas também cresce ao longo do ano e representa 46% dos animais produzidos
Mato Grosso do Sul movimentou 298,3 mil animais para abate em novembro/2024, representando alta de 3% em relação a outubro e redução de 5% em relação aos 313,8 mil animais de novembro de 2023. Nos onze meses do ano, entretanto, o total de animais para abate somou 3,67 milhões de cabeças e foi 14% maior que o número de igual período de 2023.
RESUMO
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Em novembro de 2024, Mato Grosso do Sul abateu 298,3 mil animais, um aumento de 3% em relação a outubro, embora tenha havido uma redução de 5% em comparação a novembro de 2023. No total, nos primeiros onze meses de 2024, foram abatidos 3,67 milhões de animais, 14% a mais que no mesmo período do ano anterior. O aumento no abate de fêmeas, que representaram 41% do total, indica dificuldades futuras para os pecuaristas na aquisição de animais de reposição, especialmente devido a fatores como incêndios e seca no Pantanal. A relação de troca entre boi gordo e bezerro também apresentou variações, com uma média de 1 boi gordo para 2,18 bezerros em outubro, mas caindo para 2,02 bezerros em dezembro, refletindo as flutuações nos preços ao longo do ano.
Os números são de relatório da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que abastece o Boletim Casa Rural – Pecuária, Economia e Mercado, que acaba de ser divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).
Do número de animais produzidos 1,70 milhão foram vacas, o que representou aumento de 7,5% em relação aos 1,70 milhão nos onze meses de 2023. E respondeu por 46% dos animais abatidos de janeiro a novembro de 2024.
No mês de novembro de 2024 as indústrias inscritas no SIF (Serviço de Inspeção Federal) abateram 237,3 mil animais. O número representou queda de 6,6% em relação ao mês de outubro e foi 13,3% maior que os 273,6 mil abates de novembro de 2023. Nos onze meses o total atingiu 3,1 milhões de animais abatidos, superando em 14,6% os 2,7 milhões de abates dos onze meses de 2023. As fêmeas representaram 41% dos abates nos primeiros onze meses de 2024 com o equivalente a 1,30 milhão de animais.
Ciclo da pecuária
O aumento no abate de fêmeas ao longo dos ano sinaliza uma dificuldade que o pecuarista terá nos próximos anos para aquisição de animais de reposição. Produtores consultados pela coluna Lado Rural já apostam num aumento substancial no preço do bezerro, principalmente diante dos incêndios e a seca que atingiu o Pantanal esse ano, que é responsável sozinho pela produção de 19% da bezerrada produzida em Mato Grosso do Sul.
Relação de troca boi x bezerro
A relação de troca média entre boi gordo e bezerro encerrou outubro de 2024 igual a “1 boi gordo para 2,18 unidades de bezerros”, esse resultado foi 4,9% menor que o início do mês e ficou 7,7% superior ao apurado em igual período de 2023 quando foi possível adquirir 2,02 unidades de bezerros.
Nos primeiros dias de dezembro/2024 observa-se retrocesso e no dia 11/12 a relação de troca foi “1 boi gordo para 2,02 unidades de bezerros” refletindo em queda de 7% em relação ao dia 29/11. A queda no valor da arroba foi mais acentuada que a retração no valor do bezerro, nesse mesmo período.
Este ano, segundo acompanhamento feito pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que tem Mato Grosso do Sul como referência para o País, o preço do bezerro abriu janeiro cotado a R$ 2.060,00. No dia 19 de dezembro, o Cepea registrou o preço do bezerro em MS a R$ 2.667,36, num movimento altista que começou em setembro e seguiu em disparada, registrando aumento de quase 30% ao longo de 2024.