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Capital

Água escorre pelo asfalto e abre crateras no Nova Campo Grande

Ricardo Campos Jr. | 03/03/2016 16:27
Ônibus, carros e motos disputam espaço ao passar por buracos (Foto: Alan Nantes)
Ônibus, carros e motos disputam espaço ao passar por buracos (Foto: Alan Nantes)
Fenda aberta pela água no asfalto (Foto: Alan Nantes)
Fenda aberta pela água no asfalto (Foto: Alan Nantes)

A água tem escorrido pelo asfalto da Avenida 2, no Jardim Carioca e Nova Campo Grande, formando uma espécie de córrego sobre o pavimento. Em alguns pontos, devido à umidade constante, várias crateras se abriram, tumultuando o trânsito e colocando em risco a segurança de motoristas e principalmente motociclistas. Moradores afirmam que o líquido provém de uma mina existente no canteiro central.

Diante da profundidade das fendas, os condutores precisam reduzir a velocidade ao máximo para conseguir passar por elas. Alguns param na tentativa de encontrar um ponto mais raso na via para conseguir seguir o trajeto. Muitas vezes essa prática força a entrada na contramão, fazendo motos, carros, ônibus e caminhões disputarem espaço e causando pequenos congestionamentos.

Recentemente equipes da prefeitura estiveram no bairro tampando os buracos da via, o que trouxe um alívio momentâneo aos moradores. Porém, os remendos não resistiram diante do fluxo constante de água e cederam.

Márcio Antônio da Silva, 42 anos, conta que a água se acumulava pelo canteiro, incomodando as pessoas que moravam em frente ao local. Elas resolveram se unir para construir uma espécie de vala por onde o líquido corre pelo canteiro até ser despejado na rua alguns metros além da nascente.

“Eles fizeram um negócio bonito, colocaram grama e fizeram tipo um riacho. Só que com o tempo, a água começou a acumular. Os moradores estão se mobilizando, mas ao mesmo tempo estão atrapalhando os outros”, relata.

Silva conta que ontem mesmo um motociclista caiu ao passar pela cratera. “Essa água correndo vinte e quatro horas aqui o asfalto não aquenta, pois são caminhão e carro passando“, explica o morador.

Água forma pequena cachoeira ao cair do asfalto em rua de terra (Foto: Alan Nantes)
Água forma pequena cachoeira ao cair do asfalto em rua de terra (Foto: Alan Nantes)

A camareira Andreia Augusta Cavalheiro, 41 anos, afirma que o “córrego sobre o asfalto” traz outros problemas. Em alguns pontos, a água empoça, tornando-se criadouro do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya. “Nossas gestantes aqui no bairro estão apavoradas”.

“Tem cinco anos que eu moro aqui no Jardim Carioca e tem cinco anos que essa água escorre.”, opina.

Andreia reclama da falta de retorno dos tributos pagos, que não são revertidos em melhorias. “Essa água vem rodando, rodando e nós estamos aqui a mercê. Pode acontecer acidente, com os ônibus coletivos passando desviando desses buraco”, pontua.

A assessoria de imprensa da Águas Guariroba informou que a prefeitura é a responsável pelo problema. A concessionária orienta que a água não é potável, pois provém de um lençol freático superficial e por isso está sujeita a contaminação. Para ser potável, ela deveria passar por tratamento e controle de qualidade, o que não é o caso.

O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura e não houve retorno até a publicação dessa reportagem. 

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